Lembrando ter-se tratado de “um dos episódios mais marcantes das Guerras Peninsulares e um momento decisivo na história do nosso país”, vincou que “mais do que recordar um confronto militar, celebramos a memória coletiva, a coragem e a identidade de um povo que soube defender a sua liberdade e dignidade”. “Esta recriação não é apenas um espetáculo histórico, é um encontro com as nossas raízes, uma forma viva de ensinar e preservar o passado para as gerações futuras. Cada uniforme, cada movimento, cada som de tambor representa um esforço de todos aqueles que há mais de dois séculos lutaram pela independência de Portugal”, manifestou.

A autarca sublinhou que “este evento é também uma janela aberta ao futuro, mostrando como a história pode ser uma poderosa ferramenta de desenvolvimento local”. “O turismo militar histórico tem vindo a ganhar crescente importância, atraindo visitantes nacionais e estrangeiros, valorizando o património e dinamizando a nossa economia local”, apontou.

Cento e vinte recriadores históricos, provenientes de seis grupos de várias regiões do país, participaram nesta iniciativa, promovida pela Associação de Recriação Histórica da Batalha da Roliça e pela Associação Napoleónica Portuguesa, com o apoio do Município do Bombarral.

Um dos grupos que marcaram presença, o Batalhão de Caçadores 6, foi formado em 2023 com o intuito de preservar o importante património histórico-militar originado pela Batalha da Roliça.

Para além da recriação histórica e da cerimónia de hastear das bandeiras, na Praça do Município, o programa incluiu ainda uma homenagem aos heróis que lutaram na Batalha da Roliça, junto ao Monumento Comemorativo, na Roliça.

A Batalha da Roliça ocorreu a 17 de agosto de 1808, durante a primeira Invasão Francesa a Portugal, e marcou o primeiro combate terrestre entre britânicos e franceses da Guerra Peninsular (1807–1814), culminando na retirada do exército francês.