J.C. – O hospital é uma das maiores preocupações. Qual a sua posição?
C.O. – O Hospital das Caldas é um símbolo e uma necessidade vital da região. É inaceitável que esteja ao abandono e que tantos cidadãos sintam a degradação das condições. A minha posição é clara: a Câmara tem de estar na linha da frente da defesa deste hospital, articulando com o Governo, mas também o pressionando publicamente. Defendo a criação de um gabinete municipal de acompanhamento da saúde, uma pressão firme para investimento na requalificação do hospital e medidas complementares de proximidade, como o reforço da medicina preventiva e da saúde digital em parceria com centros de saúde e farmácias.
J.C. – A Linha do Oeste é fundamental para a mobilidade e desenvolvimento da região. Que pressão vai fazer ao Governo na melhoria das ligações ferroviárias?
C.O. – A Linha do Oeste não pode continuar a ser uma promessa adiada. A minha candidatura compromete-se a exigir prazos, obras e resultados concretos. Defendo que a Câmara seja voz ativa na comissão de acompanhamento das obras e a integração da Linha do Oeste numa estratégia mais ampla de mobilidade sustentável, articulando com autocarros, ciclovias e estacionamento inteligente. Defendo ainda incentivos à utilização do transporte ferroviário, nomeadamente passes acessíveis e horários adequados à realidade da população.
J.C. – Qual é a sua visão para o relançamento do termalismo e como encara a construção do novo balneário termal?
C.O. – O termalismo é parte da identidade das Caldas. O novo balneário termal é uma oportunidade única, mas só fará sentido se for integrado numa visão moderna e competitiva. Defendo um modelo que combine saúde, bem-estar e turismo, com: Gestão profissional e transparente, evitando atrasos e desperdícios; Promoção nacional e internacional das termas, ligando-as a circuitos turísticos da região Oeste; Um plano paralelo de dinamização do Parque D. Carlos I e da Mata Rainha D. Leonor, que são património e motores de atração.
J.C. – A falta de habitação acessível é um problema. Que medidas defende para aumentar a oferta de habitação no concelho?
C.O. – O problema da habitação não se resolve apenas com fundos públicos: é preciso criar condições para que exista oferta real e diversificada. Defendo a reabilitação urbana, com incentivos fiscais a quem recuperar prédios devolutos e parcerias público-privadas para habitação acessível, com regras claras e prazos definidos. Lutarei ainda pela transparência nos processos urbanísticos, reduzindo burocracia e facilitando licenciamento rápido para quem quer investir e construir.
J.C. – Como pretende apoiar o comércio local, a indústria, a agricultura e o turismo?
C.O. – As Caldas precisam de uma estratégia económica integrada. Para o comércio local proponho simplificação de taxas e dinamização de zonas comerciais. Para a indústria defendo uma política de atratividade empresarial, com parques industriais bem infraestruturados e competitivos. Para a agricultura defendo um apoio à inovação e canais diretos entre produtores e consumidores, incluindo mercados digitais. Para o turismo, maior promoção integrada da marca “Caldas da Rainha”, unindo termalismo, cultura, gastronomia e natureza.
J.C. – Que políticas ambientais considera prioritárias para o concelho?
C.O. – A sustentabilidade não pode ser um slogan vazio. Nas Caldas proponho mobilidade sustentável, com ciclovias seguras, estacionamento inteligente e transportes urbanos eficientes. Defendo energia solar em edifícios públicos, reduzindo custos e emissões e ainda gestão moderna de resíduos, com mais reciclagem e recolha seletiva porta a porta. Defesa e valorização dos espaços verdes, assegurando manutenção regular e criando novas zonas de lazer nos bairros e freguesias.
J.C. – As Caldas têm uma forte tradição cultural e artística, assim como uma importante dinâmica associativa e desportiva. Como tenciona apoiar estas áreas?
C.O. – A cultura, o associativismo e o desporto são motores de coesão social. Quero reforçar a aposta em programação cultural descentralizada, em todas as freguesias. Proponho apoio transparente às associações e clubes, com critérios claros e plurianuais e projetos de inclusão através da cultura e do desporto.
J.C. – O concelho é composto por várias freguesias. Que estratégia terá para garantir uma distribuição equilibrada de investimentos e atenção a todo o território?
C.O. – Não há Caldas de primeira e Caldas de segunda. A minha estratégia passa por criar um orçamento participativo por freguesia, para que a população escolha prioridades locais e descentralizar serviços municipais, evitando que tudo dependa da cidade. Quero também garantir que investimentos estruturantes cheguem também às freguesias rurais, em áreas como estradas, transportes, saúde e internet de qualidade.
J.C. – Que mensagem gostaria de deixar aos eleitores das Caldas?
C.O. – Está na hora de termos uma Câmara que se preocupe verdadeiramente com os caldenses, que trabalhe com transparência e que traga soluções práticas para os nossos problemas. Com a Iniciativa Liberal, as Caldas podem ser uma cidade mais segura, saudável e próspera, onde cada pessoa sente que o município existe para servir — e não para complicar. O futuro das Caldas começa agora e depende da nossa escolha.









