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Mulheres da Dinastia de D. Leonor

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Somos as “Aventureiras da Leitura”, da associação Olha-Te, das Caldas da Rainha, e queremos relembrar a vida de familiares de D. Leonor que deixaram marca na história de Portugal. No âmbito da celebração do quinto centenário da morte da nossa rainha, continuamos com a tia-avó de D Leonor.
D. Isabel, Duquesa de Borgonha
  1. Isabel, Duquesa de Borgonha (1397-1471), filha de João I e Filipa Lencastre.

Inteligente e com opinião própria, recebeu uma educação igual à de qualquer príncipe da época! Era financeiramente independente, religiosa, divertida e linda. Teve uma infância feliz, brincando com os irmãos.

Filipe O Bom, Duque de Borgonha, Flandres e Países Baixos, ambicionava conquistar mais terras.

Encantador, muito bem vestido, sedutor, inteligente mas colecionava mulheres e bastardos. Interessou-se por Isabel por ser irmã de D Henrique, o “Navegador”.

Mandou o pintor-diplomata Jan Van Eyck a Portugal, para pintar dois retratos da princesa, para a apreciar antes de se decidir pelo casamento. O pintor tornou-se um fiel amigo de Isabel.

Esta casou-se com 31 anos e Filipe 34, levando como dote uma fortuna que considerou ser um investimento na rota do comércio.

A viagem para Flandres de barco durou 3 meses e foi difícil por ser inverno. Acompanharam-na um irmão e amigos da corte, dos quais trinta acabaram por se instalar em Bruges, aí criando as suas famílias. Destaca-se Nuno Gonçalves, filho da ama de Isabel, aprendiz de Jan Van Eyck. Viria a ser o pintor do célebre tríptico de S. Vicente.

Perdeu dois filhos quando eram bebés e é mãe de Carlos, “o Temerário”, que ela própria amamentou, o que contrariava os costumes da época.

Ficou muito magoada com o comportamento mulherengo do marido e com os seus trinta quatro bastardos, alguns dos quais vários viveram na corte. Filipe admirou-a pelas suas competências contabilísticas, comerciais e diplomáticas, pedindo-lhe a sua opinião e deixando-a participar no governo.

Lutou e negociou várias vezes pela paz, mesmo sendo contra a vontade do Duque, que se encontrava sempre em batalhas.

Mantinham-se a par do que acontecia em Portugal, teve os seus informadores e interferia quando achava necessário.

  1. Pedro, o irmão, temendo pela vida dos seus próprios filhos, envia-os para Bruges, a fim de serem educados pela sua irmã.

Também apoiou os Descobrimentos e fez investimentos na rota do comércio. Foi uma peça essencial no desenvolvimento do que viria a ser a globalização.

As mercadorias da Madeira, dos Açores e da costa Africana, vinham para Lisboa e daí para Bruges, onde o Ducado e a Feitoria dos comerciantes portugueses ganharam com os impostos.

De Bruges vieram esculturas em madeira, tecidos, tapetes, quadros, instrumentos musicais e cereais.

Possivelmente, algumas destas transações passaram pela alfândega comercial de Salir do Porto, hoje vila de Caldas da Rainha.

Isabel levou colonos flamengos a instalarem-se nos Açores, onde se iniciou a produção de queijo flamengo e do pastel para tingir em tons de azul as roupas.

Influenciou a moda, sendo os vestidos e toucados de Isabel imitados pelas damas das cortes, o que a divertia. Tinha saudades do céu azul de Portugal, lugar que nunca mais voltou. Sempre achou Flandres húmida, cinzenta e fria.

No final da vida cuidou de doentes num convento franciscano. Morreu com 74 anos.

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