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Movimento Vamos Mudar apresentou um balanço dos três anos de mandato

“Estão em marcha diversos projetos estruturantes para a cidade”

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O executivo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, liderado pelo Movimento Vamos Mudar, apresentou um balanço dos três anos de mandato, assegurando que, apesar de algumas vozes críticas que questionam a visibilidade do trabalho realizado, o trabalho tem sido intenso em várias frentes.
Miguel Monteiro, Joaquim Beato, Vitor Marques, Conceição Henriques, Nuno Aleixo e Pedro Sequeira

Movimento Vamos Mudar apresentou um balanço dos três anos de mandato

O executivo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, liderado pelo Movimento Vamos Mudar, apresentou um balanço dos três anos de mandato, assegurando que, apesar de algumas vozes críticas que questionam a visibilidade do trabalho realizado, o trabalho tem sido intenso em várias frentes.

Foi no passado dia 30, no Café-Concerto do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, que o executivo do Vamos Mudar no Município e as Uniões de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo e de Santo Onofre e Serra do Bouro fizeram um balanço dos três anos de mandato, abordando os desafios e as conquistas. Pedro Sequeira foi o moderador da sessão.

A modernização e digitalização dos serviços municipais, que antes dependiam de processos em papel, foi uma das principais áreas de intervenção, visando acelerar e simplificar a resposta ao munícipe. O executivo salientou ainda o forte empenho na ação social, destacando o apoio à população em situações de vulnerabilidade. Embora reconheçam as dificuldades impostas pela burocracia, garantiram que estão em marcha diversos projetos estruturantes para a cidade, incluindo a requalificação da entrada norte, entre outras obras que vão impulsionar a qualidade de vida e o desenvolvimento urbano no concelho.

A Assembleia Municipal também esteve representada com a intervenção do líder de bancada do Vamos Mudar, António Curado, que disse que “foi um desafio e uma honra participar ativamente na vida política das Caldas da Rainha”.

Apesar das limitações de não possuir maioria na Assembleia Municipal, António Curado elogiou a qualidade dos membros eleitos, “muitos dos quais vêm da sociedade civil e de áreas profissionais diversas, como ensino, saúde e setor empresarial”. Destacou a capacidade destes membros de trazer uma visão nova e cidadã para as discussões políticas. “Conseguimos trazer para a política, pessoas de muita qualidade, embora com pouca experiência neste tipo de intervenção,” declarou.

O membro da Assembleia Municipal sublinhou algumas das realizações mais significativas do Vamos Mudar, incluindo a criação de um novo regulamento para a Assembleia Municipal, com regras mais claras e uma estrutura modernizada.

Outro marco importante mencionado foi a primeira transmissão em direto da Assembleia Municipal, permitindo aos munícipes acompanhar as discussões e conhecer mais de perto os posicionamentos de cada representante.

Apesar dos avanços, António Curado não deixou de mencionar as dificuldades que o movimento enfrenta. A ausência de uma maioria “significa que muitas propostas importantes encontram obstáculos”. Deu como exemplo o plano de desenvolvimento do termalismo, que “foi desenhado de forma detalhada, mas enfrenta entraves para sua implementação”.

O deputado municipal também comentou sobre as dificuldades de “trabalhar com um sistema onde os votos na Assembleia, especialmente os provenientes das juntas de freguesia, nem sempre refletem de maneira proporcional a população representada”. “São as regras que temos, e temos que as aceitar”, resignou-se o líder, explicando que isso limita as possibilidades de aprovar medidas estruturais.

António Curado terminou o seu discurso com um tom esperançoso, reconhecendo que o último ano do mandato será difícil, mas reafirmando o compromisso do Vamos Mudar com as Caldas da Rainha. “Gostaria que as assembleias se concentrassem mais na substância e menos nos detalhes retóricos”, lamentou, apontando para o desejo de ver discussões mais focadas em resultados concretos para a comunidade.

Ambiente na ordem do dia

O presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Vitor Marques, realizou um balanço dos três anos de mandato, destacando o trabalho desenvolvido e os investimentos feitos em áreas fundamentais para o concelho, com uma visão focada no futuro e na criação de um território mais atrativo, seguro, sustentável, criativo e saudável.

Na intervenção, o autarca frisou a importância do contacto direto com a população, algo que considera essencial para criar laços de confiança e trabalhar em prol de um concelho mais inclusivo e dinâmico.

Uma das áreas de destaque foi o ambiente, que, segundo o autarca, tem recebido um enfoque diferente, refletido na criação de uma nova equipa técnica composta por engenheiros florestais, arquiteto-paisagista, uma bióloga e uma engenheira ambiental. “Este é um setor na ordem do dia, e é fundamental termos uma visão atenta”, disse Vitor Marques. Entre os projetos ambientais desenvolvidos, incluem-se o BioRainha, que visa a gestão de bio resíduos, e a elaboração do Regulamento e Inventário do Arvoredo Urbano.

Vitor Marques salientou o aumento dos apoios financeiros destinados às freguesias, passando de 2,1 milhões de euros em 2021 para 3,6 milhões em 2024, reforçando o compromisso com a descentralização e autonomia das freguesias. Adicionalmente, o Orçamento Participativo foi uma aposta com uma verba de 160 mil euros, enquanto os apoios a eventos de freguesia receberam um reforço de 60 mil euros.

No que toca a infraestruturas, houve um investimento de 3,6 milhões de euros em alcatroamentos.

Segundo o autarca, o investimento na aquisição de veículos para a recolha de lixo e saneamento, assim como na expansão da rede de saneamento e sistemas de águas pluviais, representou um esforço significativo, com mais de um milhão de euros alocados a estas melhorias. Os objetivos para o futuro incluem a ampliação da rede de saneamento e o lançamento de uma candidatura para a construção de uma nova estação de tratamento de águas residuais.

No campo da segurança, a criação do Conselho Municipal de Segurança e o aumento do policiamento em regime de gratificados foram mencionados como medidas para garantir a segurança no concelho. O presidente revelou ainda que estão a ser iniciados os procedimentos para a implementação de um sistema de videoproteção até 2025.

O autarca também ainda dos projetos na área do desporto, cultura e saúde. 

O balanço do presidente Vitor Marques revela “um forte compromisso com a melhoria contínua do concelho, com projetos que visam a captação e fixação de habitantes”. “Com uma estratégia a pensar nas pessoas”, o presidente sublinhou o trabalho desenvolvido até agora e as “metas ambiciosas” para o futuro.

Com três anos de mandato cumpridos, Vítor Marques assumiu que ainda “há muito a fazer”. “O movimento Vamos Mudar continua a acreditar que é possível desenvolver um concelho onde as pessoas e o seu bem-estar são a prioridade máxima”, manifestou.

O presidente concluiu a sua intervenção com um agradecimento aos munícipes, lembrando que o “trabalho do executivo é realizado todos os dias para responder às necessidades e expetativas de quem escolhe viver nas Caldas da Rainha”.

Transparência e proximidade

Um dos pontos altos da intervenção do vice-presidente, Joaquim Beato, foi o reforço do compromisso com os princípios de transparência, proximidade e competência, que considera essenciais para uma gestão eficaz. “Queremos uma Câmara onde o atendimento ao munícipe seja acessível, claro e direto”, sublinhou, revelando ainda um esforço na digitalização dos serviços, facilitando o acesso a informações e serviços urbanos, como urbanismo e reabilitação. O vice-presidente relembrou a complexidade da modernização administrativa e a “redução significativa de processos urbanísticos pendentes, de cerca de 1.500 para um número substancialmente menor”.

O vice-presidente enfatizou ainda as dificuldades associadas ao rigor da contratação pública, onde o cumprimento de procedimentos e normas é rigoroso. Entre as intervenções aguardadas, o início da passagem superior de peões foi apontado como uma solução para a mobilidade local, com previsão de conclusão para o natal, a ser avaliada antes da remoção da antiga passagem.

A reorganização da mobilidade urbana foi outro tópico abordado por Joaquim Beato, particularmente com foco na criação de parques de estacionamento estratégicos, visando melhorar o fluxo de trânsito e facilitar o acesso ao centro da cidade. O responsável defendeu que estas intervenções, ao tornarem o piso térreo acessível ao cidadão e o estacionamento subterrâneo, visam contribuir para uma cidade mais integrada e humana.

O autarca abordou ainda a importância do envolvimento e valorização dos profissionais da Câmara, promovendo reuniões mensais e estimulando a troca de experiências. Esta aproximação, segundo ele, “tem gerado um ambiente colaborativo que permite soluções criativas e eficazes para os desafios urbanos”.

Com a ambição de impulsionar a qualidade de vida da população das Caldas o vice-presidente também destacou o futuro lançamento da Loja do Cidadão 3.0. Este espaço “será um novo ponto de atendimento com serviços diversos, incluindo segurança social e áreas tributárias, focado em dinamizar o acesso aos serviços públicos”.

Nas suas considerações finais, o vice-presidente reforçou o compromisso com a melhoria contínua e a transformação da cidade. “O meu desafio diário é fazer com que o sonho se torne realidade, fortalecendo as bases culturais e estruturais das Caldas para que cada cidadão possa sentir-se valorizado. Seguimos com determinação e responsabilidade para enfrentar os próximos anos com ainda mais dedicação”, concluiu.

Valorização do CCC

A vereadora Conceição Henriques, que também fez um balanço dos seus três anos de mandato, destacou os avanços nos setores de ação social, cultura e modernização administrativa. A intervenção da vereadora revelou “uma visão de desenvolvimento sustentado e estruturado, focada em otimizar a resposta da autarquia às necessidades da população, especialmente nas áreas mais sensíveis e menos visíveis da administração pública”.

Durante a sua declaração, Conceição Henriques detalhou a complexidade das responsabilidades que assumiu desde o início do mandato, mencionando os oito pelouros que lhe foram atribuídos: ação social, educação, cultura, juventude, turismo, comunicação, modernização administrativa e recursos humanos. Segundo a vereadora, estes pelouros “exigiram um esforço significativo devido ao vasto volume de trabalho e ao número reduzido de elementos no executivo”.

A ação social foi destacada como uma das áreas onde a vereadora considera ter alcançado uma “transformação total”. “Foram implementados novos regulamentos, como os de apoio económico e habitação social, garantindo maior transparência e equidade na atribuição de apoios”, salientou.

A vereadora também realçou a área da cultura, nomeadamente o papel do Centro Cultural e de Congressos, cuja programação foi intensificada ao longo do último ano. Em setembro, já tinham ocorrido vinte sessões de grande auditório esgotadas, algo inédito na sua história. A vereadora referiu que, além do aumento de entradas e receitas, a inclusão de artistas locais tem contribuído para uma programação de qualidade e uma aproximação à comunidade.

Outro ponto relevante foi o Congresso Internacional de Cerâmica, evento de prestígio que trouxe 300 participantes de 60 nacionalidades. Conceição Henriques enalteceu o impacto positivo do evento para a cidade e a visibilidade internacional alcançada.

Realizado com um investimento significativamente menor do que o tradicional World Press Cartoon, “o congresso demonstrou a capacidade da Câmara em atrair eventos de grande dimensão com sustentabilidade financeira”, referiu.

Para o futuro, Conceição Henriques revelou a intenção de certificar a Unidade de Desenvolvimento Social do município, um passo pioneiro a nível nacional. Terminou sublinhando que, “apesar de não poder enumerar todas as realizações, o foco tem sido manter uma visão estrutural para o município”.

“Futuro sustentável e inclusivo”

Miguel Monteiro, vogal da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, tomou a palavra em representação da autarquia, na ausência do presidente Pedro Brás, que se encontrava em Lisboa em compromissos profissionais.

O vogal apresentou o trabalho realizado desde 2022 e deu uma visão abrangente das intervenções planeadas até 2025. Em 2023, o investimento focou-se principalmente na requalificação de parques e no reforço da mobilidade e acessibilidade. Foi também celebrado um “contrato para a aquisição de um miniautocarro com capacidade para 29+2 lugares, uma aquisição que vai reforçar a mobilidade na freguesia”.

Para 2025, a União de Freguesias planeia dar continuidade à requalificação de parques infantis, abrangendo os parques Dr. Caldas Lopes, São Jacinto e São Gregório, além da instalação de novos espaços recreativos na Rua Cidade Porto Alexandre e Quinta dos Canários, ainda em análise.

Visando a sustentabilidade e a eficiência energética, Miguel Monteiro referiu que a União de Freguesias planeia instalar um sistema de gestão remota de rega nos espaços verdes das freguesias e implementar controlo de roturas através de rede LoRa. Está também prevista a substituição do telhado do armazém da Junta e instalação de painéis fotovoltaicos, bem como a reparação de um telhado no armazém da parada e a aquisição de uma carrinha de caixa aberta.

O autarca reforçou o compromisso da União de Freguesias com o bem-estar e qualidade de vida dos habitantes, destacando a relevância destas intervenções para a valorização das freguesias e para o fortalecimento das infraestruturas locais. Com um planeamento estruturado, a Junta tem investido em soluções que procuram responder às “necessidades imediatas e preparar as freguesias para um futuro sustentável e inclusivo”.

Atender às necessidades dos moradores

O presidente da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, Nuno Aleixo, apresentou um balanço dos projetos e iniciativas desenvolvidos ao longo de seu mandato, destacando a importância da proximidade com a comunidade e a inovação nas soluções adotadas para atender às necessidades dos moradores.

Nuno Aleixo revelou que a sua trajetória como presidente foi marcada por uma mudança de perspetiva em relação ao papel da política. “Hoje percebo que há procedimentos que desconhecia e que muita coisa não é tão simples quanto parece”, afirmou. Destacou que a experiência tem sido uma “aprendizagem contínua” e que a postura crítica da população é fundamental para o desenvolvimento do trabalho da junta, auxiliando na identificação de problemas que muitas vezes não são evidentes.

O presidente salientou a prioridade dada a ações voltadas ao bem-estar social, como o programa de apoio à medicação, que já atende a 24 residentes da freguesia.

O gabinete de apoio psicológico, além do projeto “Escolas das Emoções”, focado em ensinar crianças a identificar e lidar com suas emoções, são exemplos das iniciativas voltadas para o apoio emocional e psicológico da população. Além disso, um novo projeto de terapia pela arte será destinado aos idosos, promovendo o bem-estar e a inclusão dos mais velhos.

No âmbito das infraestruturas, Nuno Aleixo enfatizou o compromisso da junta em requalificar espaços públicos e áreas de lazer, como parques infantis, que vêm sendo revitalizados para garantir condições de segurança.

O presidente também estabeleceu como prioridade o “atendimento às escolas em questões de manutenção, valorizando as necessidades das crianças acima de outras demandas como a retirada das ervas na via pública”.

Vamos Mudar 2
A sessão decorreu no Café Concerto do Centro Cultural e de Congressos
 
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