Na sequência da ação de voluntariado que teve como objetivo pintar as traseiras do Palácio Real, nas Caldas da Rainha, o JORNAL DAS CALDAS apurou junto da Unidade Local de Saúde do Oeste (ULSO) que, desde o final do ano passado, esta zona tem videovigilância.
De acordo com o Gabinete de Comunicação da ULSO, “já se fizeram sentir algumas mudanças a nível dos atos de vandalismo no local, estando muito mais atenuados e registando-se um menor número de ocorrências”.
Recorde-se que, a 28 de setembro, dezenas de voluntários estiveram a pintar esta zona do Palácio Real, que estava completamente coberta por pichagens.
A ação foi divulgada através das redes sociais dos parceiros envolvidos na organização e pelos grupos de crianças e pais que habitualmente participam nas atividades do Museu do Hospital e das Caldas, que ali está localizado.
O edifício tinha sido pintado pelo então Centro Hospitalar do Oeste, que agora está integrado na ULSO, a entidade responsável pelo espaço.
“Uma das últimas intervenções foi o túnel de acesso ao museu, há cerca de dois anos”, informou a ULSO.
De acordo com esta entidade, têm vindo a ser realizado um conjunto de intervenções no museu e zona envolvente, “procurando cumprir o plano estratégico de recuperação, manutenção do edifício e segurança de coleções e pessoas, iniciado em 2021”.
Em 2023 foi feito um investimento de 44 mil euros em obras no edifício do museu que contemplaram a total reparação do telhado e algerozes do edifício, substituição de cortinas com filtro ultravioleta, arranjo de algumas janelas, reparação de zonas pontuais de infiltrações no interior e melhoria do sistema de iluminação na sala de exposições temporárias.
Nesta altura foi então instalado um sistema de videovigilância, alarme de intrusão e incêndio, em todo o edifício e zonas envolventes. Este sistema permite a permanente visualização das imagens de segurança pela equipa de prevenção.
A par disso, foi reforçada toda a iluminação da zona, procurando eliminar zonas mais escuras, em outubro de 2023.
Com as medidas implementadas, “tem-se observado uma menor incidência de ocorrências danosas no edifício do Museu do Hospital e das Caldas, bem como na Casa Berquó”.
A ULSO pretende agora concluir os trabalhos iniciados e está a ser pensada uma campanha de sensibilização dirigida aos jovens, “através de pequenos vídeos feitos por ídolos da música e dos skaters, etc, apelando à saudável utilização do local, a serem distribuídos pelas redes sociais”.
Dando continuidade às obras no edifício, a ULSO está a elaborar uma candidatura a fundos comunitários, com vista à reabilitação patrimonial.
Em relação às pichagens no edifício da administração e no Jardim de Água, de Ferreira da Silva, a ULSO está a analisar a melhor forma de o limpar, “procurando uma ação conjunta com outras entidades locais, por forma a colmatar zonas de mais difícil acesso junto aos telhados que, por questões de segurança, não poderão ser alvo de uma ação de voluntariado”.
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