O 2º Festim Medieval de Atouguia da Baleia decorreu durante o fim de semana passado. O certame começou, no dia 6, ao som dos tambores dos Arrufeiros d´Atouguia, e a música e animação seguiram ao longo dos três dias.
O evento envolveu dez associações locais, responsáveis pela parte gastronómica. Contou com a presença de oito mercadores e a animação esteve a cargo das Terras de Viri´Arte. António Salvador, presidente da junta de freguesia, disse que este festim “é uma forma de divulgar a vila e atrair pessoas a virem aqui”.
A viagem aos tempos medievais não cativou apenas pessoas de fora e integrou igualmente a comunidade local, como explicou o autarca. “O espaço sénior de Atouguia da Baleia criou uma atividade nova, que é as danças medievais, a pensar no Festim Medieval”, referiu.
A Santa Casa da Misericórdia de Atouguia da Baleia também se envolveu no ambiente de festa, num dos expositores com alguns doces. Filipa Clara, secretária da instituição, vestida a rigor com os trajes da época relatou que “a Santa Casa decidiu participar para angariar algumas verbas, uma vez que estes eventos são importantes para as associações conseguirem obter algum dinheiro”.
Acrescentou que recorrer a tempos longínquos serve também “para divulgar a nossa terra, trazer cultura e mostrar aquilo que nós temos a outras pessoas”.
Filipa Clara afirmou que comparativamente à primeira edição, o festim medieval tem vindo a ser aprimorado e acredita que assim continuará nos anos seguintes. “A festa tem vindo a crescer, temos vontade de desenvolver ainda mais este evento e trazer uma época mais longínqua às nossas gentes”, sublinhou.
A música na rua, típica das festividades medievais, envolvia os visitantes e transportava todos para tempos antigos de cavaleiros. Inês Rasteiro, vestida com a moda medieval, ocupava um dos expositores, relembrando as antigas feiras de mercadores.
A comerciante local é presença constante na feira anual de Frutos Secos de Atouguia da Baleia e nos Círios em Peniche. Além disso, ao longo do ano, pode ser encontrada todos os sábados no Mercado Municipal de Peniche.
Inês Rasteiro é da terra por isso mostrou a sua satisfação em estar no evento e a ver o envolvimento das pessoas. “Tenho todo o gosto em participar, o ambiente é engraçado as pessoas estão divertidas e o facto de estar muita gente trajada dá um ar mesmo medieval”, indicou.
No meio da animação estava Ana Morgado. A visitante, de Barcelos, estava a passar férias na Lourinhã e depois de um dia de praia decidiu ir até à festa. Quanto ao ambiente de música e dança exprimiu que “está muito bonito, as barracas estão muito giras e os trajes também”.
Na segunda edição da festa as pessoas puderam contar com três dias, mais um do que o ano passado. O presidente da junta de freguesia explicou que ao expandir a festa, “a animação do último dia foi mais direcionada para as crianças”.
O autarca referiu que na primeira vez em que o evento foi pensado não era com o propósito de fazer mais edições. “A ideia do Festim Medieval foi no ano passado para as comemorações dos 875 anos da doação das terras de Atouguia, sem ideia de continuar”, explicou, revelando o que levou a mudança de planos: “Correu tão bem que as pessoas me perguntavam se não se ia repetir”.
Nesta segunda edição o responsável pela autarquia afirmou que as expetativas também foram superadas, pelo que “sem dúvida que esperamos repetir para o ano”.
0 Comentários