A inauguração do 39º Festival do Vinho e da 29ª Feira Nacional da Pera Rocha, que decorreu de 13 a 18 de agosto, contou com a presença do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.
Na cerimónia o presidente da Câmara, Ricardo Fernandes, referiu que o Festival do Vinho foi criado em 1960, devido à grande relevância do vinho produzido e pela vasta quantidade de consumo dos portugueses, sendo decisivo para o escoamento de tão elevada produção. Algumas vinhas acabariam por dar lugar a pomares de pera rocha, tornando-se a principal referência económica do concelho.
Ricardo Fernandes referiu no seu discurso que “a pera rocha é um dos principais produtos de exportação de Portugal, sendo que 60% da produção é destinada ao mercado internacional”. Destacou ainda a empregabilidade neste setor, mas também os desafios consideráveis, como as alterações climáticas, com invernos mais amenos e uma maior instabilidade durante o período de floração.
“É um setor que precisa de atenção, por ser extremamente relevante para a economia do país”, refere o presidente.
O setor do vinho enfrenta também dificuldades de escoamento e de concorrência com outros mercados.
Bombarral constituiu-se como um concelho que encaixa no conceito de ruralidade moderna, com uma economia assente no setor primário e com grande potencial de exportação. “É o município do Oeste mais equidistante nos seus congénitos, possibilitando que todos os municípios do Oeste se organizem num sistema urbano policêntrico, e que se complementam uns aos outros”, explicou.
O autarca salientou ainda que o Bombarral foi reconhecido como a melhor opção para a construção do novo hospital do Oeste.
“A saúde é uma prioridade para todos nós”, disse, acrescentando que “a falta de soluções hospitalares são um alerta, os habitantes do Oeste estão cansados de esperar. Somos a região do país mais mal servida a nível hospital”.
No Festival do Vinho e Feira Nacional da Pera Rocha com cerca 90 expositores, foi possível fazer degustação de diversos vinhos e de diversas regiões vitivinícolas de Portugal.
É um setor com grande importância para o concelho, mas longe da quantidade produzida outrora, privilegiando-se a qualidade à quantidade.
O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, destacou “o cenário idílico, num espaço que merece ser visitado, onde a natureza acolhe o trabalho de gerações, mas também de inovação da produção de vinho e pera rocha”.
José Manuel Fernandes deixou uma mensagem de encorajamento. “Nós somos capazes, temos qualidade, e é isso que merece ser, não só valorizado, como devidamente compensado”, afirmou.
Acrescentou ainda que a vinha e a pera rocha enfrentam problemas e entraves, um deles as alterações climáticas, sendo que a aposta da inovação é essencial para vencer as doenças e pragas que afetam a vinha.
Deixou ainda “uma mensagem de disponibilidade para estarmos sempre presentes no território, uma mensagem de cooperação e de disponibilidade total para resolver os nossos problemas”.
O ministro da Agricultura e Pescas concluiu a sua intervenção, dizendo que “competitividade, coesão territorial e sustentabilidade são elementos essenciais que não são incompatíveis e que têm de andar de mãos dadas”.
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