Monte Min Altufaah é nome árabe que Jorge Varela deu ao Morro do Gronho, no Bom Sucesso, no seu primeiro livro de ficção, intitulado “O Monstro da Lagoa”, que foi apresentado a 31 de julho, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.
A apresentação foi feita por Luís Sá Lopes, que sublinhou a profundidade das personagens apresentadas por Jorge Varela. Esta foi a primeira vez que o professor fez a apresentação de um livro, mas não deixou de aceitar convite do seu antigo colega na Escola Técnica e Empresarial do Oeste.
O orador referiu como o primeiro capítulo aborda o período da presença dos árabes nesta região e tem um tom “mais sério”. A história começa com Abu Bakr, no seu posto de vigia no topo da falésia e alguns acontecimentos que precederam a conquista do castelo de Óbidos. É nessa altura que o tal “espírito da Lagoa” parece dar os seus primeiros sinais.
O livro conta a história de dois amigos, um padre e um advogado, que investigam uma antiga lenda, supostamente desde os tempos de D. Afonso Henriques, sobre um monstro na Lagoa.
Os protagonistas desta história, antigos colegas no seminário, são envolvidos numa trama internacional, enquanto investigam o caso com a ajuda de um ex-inspetor da PIDE.
Ao longo dos cinco capítulos, o autor vai avançando e recuando no tempo, interligando as duas épocas.
Sem querer desvendar muito do que acontece ao longo do livro, Luís Sá Lopes salientou algumas partes “com muito humor”, como a reunião da “Comissão dos Amigos da Lagoa”, e também com cenas de ação, onde até aparece um ministro da Defesa.
Jorge Varela utiliza também Caldas da Rainha como um dos principais cenários da história, desde a Rua das Montras ao Parque D. Carlos I e à Mata, com menções ao Caldas Sport Clube e aos Pavilhões do Parque.
A intenção do autor é que quem leia o livro e não conheça as Caldas, possa ficar curioso e fazer uma visita aos locais que são referidos.
Há muitos anos que Jorge Varela tinha o sonho de publicar um livro. A história começou a ser imaginada há 15 anos e ficou esquecida numa gaveta depois dos seus filhos terem nascido. Há cerca de dois anos voltou a encontrá-la e decidiu acabar o livro, editado pela Cordel D’ Prata.
No final da apresentação, Luís Sá Lopes deixou a sugestão de que este livro seja lido na praia da Foz do Arelho, enquanto “se olha para o Gronho”.
Jorge Varela adiantou que tem algumas ideias para novas histórias e poderá vir a publicar mais livros de ficção.
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