96º aniversário comemorado com arraial
Em dia de aniversário, a SCMCR assinou um protocolo com a Associação Património Histórico (PH) das Caldas da Rainha para organizar o conjunto de documentos, produzidos ou recebidos pela instituição no exercício da sua atividade, no qual está integrado o arquivo histórico.
Segundo a provedora Conceição Pereira, a organização do arquivo histórico tem de ser feita por técnicos especializados. “É a historiadora caldense Joana Ribeiro, do PH, que está a organizar o arquivo histórico da SCMCR. Encontrou documentação interessantíssima e já nos deu grandes novidades que divulgaremos num outro evento”, revelou.
A historiadora, que esteve presente no arraial, disse que foi com muito gosto que começou a organizar os documentos, que lhe interessam bastante porque tem trabalhado “a questão da assistência nos anos 20 e 30 nas Caldas da Rainha e foi Fernando da Silva Correia um dos fundadores da Misericórdia das Caldas em 1928, e que nos leva para um contexto onde está incluída a elevação a cidade em 1927”.
Joana Ribeiro referiu que nos próximos meses o objetivo é organizar e fazer o inventário geral de toda a documentação existente. “Depois a intenção é tratar do que será o arquivo histórico, a documentação mais antiga que nos remete para esses primeiros anos de funcionamento da instituição, que dará origem a um estudo mais aprofundado”, explicou.
A proposta de Joana Ribeiro é também fazer a digitalização de uma parte da documentação, porque há “uma tipologia documental muito comum do início do século XX, que é os copiadores de correspondência, que infelizmente têm uma durabilidade muito curta e representam uma fatia relevante da documentação da instituição que não podemos perder”.
Reabriu a Loja Social da SCMCR
Neste dia festivo foi também inaugurada a nova loja social da SCMCR, que tem novas instalações no edifício que pertence à instituição e que está situado na estrada da Foz, conhecido como o edifício do Pinto das Bicicletas.
“Reabilitámos o espaço e irá também funcionar o CLDS 5ª geração”, contou a provedora.
Foi também no arraial que foi oficializada com o empreiteiro a requalificação do andar de cima do edifício, que é uma casa de habitação, com quatro quartos, duas casas de banho, uma cozinha, uma zona de arrumos e um terraço com vista para o parque. A zona exterior também será reabilitada.
A responsável adiantou que estão a dialogar com a Segurança Social no sentido de criar ali residências autónomas para jovens.
A obra, no valor de cerca de 34 mil euros mais IVA, irá iniciar no final do ano.
A festa iniciou ao som das marchas dos utentes da SCMCR. Comida não faltou e animação também não.
O antigo provedor da instituição e presidente da Assembleia Municipal das Caldas, Lalanda Ribeiro, que esteve presente na festa, disse que continua a sentir “como se fizesse parte desta casa”, onde esteve 34 anos.
O presidente da União de Freguesias de Caldas da Rainha – Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, Pedro Brás, deu os parabéns à Santa Casa pelo “excelente trabalho que faz com os seus utentes”.
A vereadora Conceição Henriques também destacou o trabalho fundamental desta casa, referindo que “não há sociedade justa se não for coesa e os primeiros passos da coesão foram feitos no âmbito das misericórdias e também desta instituição”.
“Caldas da Rainha enquanto cidade e a Misericórdia nasceram mais ou menos na mesma altura e hoje esta instituição tem mais valências, um maior grau de profissionalismo e uma visão moderna e contemporânea do que é o apoio aos mais necessitados”, sublinhou.
Atualmente a Santa casa tem cerca de 100 idosos residentes no lar, perto de 60 em apoio domiciliário, 15 bebés em Centro de Acolhimento Temporário e 15 meninas no Centro de Acolhimento. O jardim de infância tem 75 crianças.
A SCMCR faz distribuição de cabazes, tem uma cantina social onde dá refeições, nomeadamente a muitos imigrantes indicados pela Segurança Social, e tem ainda a Loja Social. “Temos cerca de 150 colaboradores, muitos deles são imigrantes, sobretudo africanos e brasileiros, e é uma resposta boa porque há falta de trabalhadores na área social”, relatou a provedora.
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