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Obra de Helena Almeida em exposição no museu dedicado ao pai

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O museu Leopoldo de Almeida, nas Caldas da Rainha, recebe, até 6 de outubro, a exposição “Helena Almeida – Habitar a obra”, que reúne um conjunto de obras da autora, pertencentes à Coleção de Serralves.

O museu Leopoldo de Almeida, nas Caldas da Rainha, recebe, até 6 de outubro, a exposição “Helena Almeida – Habitar a obra”, que reúne um conjunto de obras da autora, pertencentes à Coleção de Serralves.

Helena Almeida é filha do escultor Leopoldo de Almeida, cujo museu foi construído no Centro de Artes das Caldas da Rainha, depois da sua coleção ter cedida ao Município para esse efeito.

A artista é considerada uma figura incontornável no panorama artístico português, tendo produzido, desde a década de 1960, uma obra caraterizada por um marcado interesse pelo corpo.

A curadora da exposição, Joana Valsassina, referiu como foi especial montar esta exposição naquele local, que foi criado à imagem do ateliê que pai e filha partilharam.

José Antunes, diretor do Centro de Artes, destacou que esta mostra “veio engrandecer o nosso programa cultural deste verão”.

Desde a inauguração do museu, em 2017, que havia a intenção de apresentar naquele local a obra da filha de Leopoldo de Almeida que, entretanto, faleceu. “Eram dois artistas com universos bem distintos”, comentou.

O pai, escultor e autor de grandes monumentos como o Padrão dos Descobrimentos, e a filha, licenciada em pintura e que quis ir além dos limites dessa arte, acabou por ficar mais famosa pelas suas fotografias e performances.

É através do seu corpo que Helena Almeida faz uma espécie de encontro performativo com o mundo. A própria artista afirmou: “A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra”.

As primeiras telas abstratas da artista abordavam de forma crítica os limites do espaço pictórico e as condições literais da pintura.

O seu trabalho estendeu-se, a partir dos anos 70, à fotografia, onde o ateliê da artista e o seu corpo, fragmentado ou parcialmente obscurecido, tornaram-se presenças recorrentes.

A identificação entre corpo e obra é uma das marcas fundamentais do trabalho de Helena Almeida, questionando através dele disciplinas tradicionais como a pintura, o desenho, a escultura ou a fotografia enquanto mecanismos de apresentação e representação da realidade.

A mostra integra o programa de exposições itinerantes da Coleção de Serralves e está patente nas Caldas da Rainha pela adesão da Câmara ao conselho de Fundadores da Fundação de Serralves. A autarquia pode escolher uma exposição por ano, dentro do catálogo existente.

A presidente da Fundação Serralves, Ana Pinho, lembrou que, no âmbito deste protocolo, em 2023 esteve patente nas Caldas da Rainha uma exposição de fotografias do realizador Manoel de Oliveira.

Estar a apresentar as obras de Helena Almeida no museu dedicado ao seu pai “é algo especial”, considera.

Em 2015, a Fundação Serralves dedicou uma grande exposição a Helena Almeida, numa altura que a artista ainda era viva e pôde participar na sua elaboração. Essa exposição esteve depois patente em Paris, em Bruxelas e em Valência, sempre com muita procura por parte do público. “O sucesso foi enorme e, até aquela altura, foi a mais visitada em todos os espaços onde esteve”, salientou.

A vereadora da Cultura, Conceição Henriques, sublinhou a relação profícua que a autarquia tem tido com a Fundação Serralves. “É uma relação institucional extremamente interessante e de enorme valor para os municípios”, considera.

No caso das Caldas da Rainha, acredita que faz ainda mais sentido esta ligação “porque há todo um ambiente cultural” com um público ávido por estas mostras e outras atividades desenvolvidas no âmbito do protocolo.

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