Atuações de música e dança medieval, lutas e espetáculos de fogo, entre outras iniciativas, a par da gastronomia e artesanato, preencheram a 3ª Feira Medieval do Carvalhal, realizada nesta freguesia do concelho do Bombarral, entre 14 e 16 de junho.

Numa organização da Junta de Freguesia do Carvalhal, com o apoio do Município do Bombarral, o evento, com entradas livres, esteve aberto na sexta-feira das 19h00 às 00h00, no sábado das 12h00 às 00h00 e no domingo das 12h00 às 22h00.

A presidente da Junta de Carvalhal, Alexandra Figueiredo, transmitiu ao JORNAL DAS CALDAS a sua satisfação pela concretização do evento. “Correu bastante bem, tivemos bastantes visitantes e penso que correspondemos às expectativas”, manifestou.

A autarca quer no próximo ano ter mais espaço para as associações, expositores, artesãos e bancas de alimentação, assim como mais animação.

Nesta edição os Goliardos e o Gaiteiro de Óbidos levaram música medieval, Daragh danças medievais, Armis Nostrum lutas medievais, Ilustre Cruzada encarregou-se das lutas e encenação, Malatisch protagonizou o espetáculo de fogo, Nostra Collegiorium assegurou a recriação histórica e Carreta das Lendas a contação de histórias.

O evento contou também com a participação de várias associações do concelho: Sociedade Filarmónica Carvalhense, Amigo Fiel – Associação Protectora dos Animais do Bombarral, Associação Cultural e Recreativa do Salgueiro, Sociedade Recreativa Sobralense, Associação de Ação Social do Carvalhal, Centro Cultural Desportivo Recreativo e Social de A-dos-Ruivos, os veteranos do Bombarralense, Centro de Recreio Popular do Barrocalvo e Irmandade do Santíssimo Sacramento do Carvalhal.

Um dos momentos altos foi a encenação do Auto da Rainha D. Leonor nos dias 15 e 16 de junho.

Da autoria do carvalhense José Ferreira Ventura, foi encenado pela primeira vez no mês de março, no âmbito do projeto Largo da Minha Aldeia, que visa a recolha, registar e divulgar o património cultural imaterial do concelho.

Baseia-se em fatos verídicos que no início do século XVI estiveram na origem da interdição da Igreja do Santíssimo Sacramento, mandada erigir no Carvalhal por D. Leonor de Lencastre, também conhecida como Leonor de Avis ou Leonor de Viseu, esposa do rei D. João II e Rainha de Portugal entre 1481 a 1495.