Uma omelete com mais de dez mil ovos de codorniz e que ultrapassou os 17 metros de comprimento foi confecionada no Landal, nas Caldas da Rainha. A iniciativa esteve inserida na 12ª edição do festival que promove o consumo de codorniz.

A freguesia do Landal concentra 65% da produção nacional de codorniz e para promover o consumo desta ave realiza-se anualmente o Festival da Codorniz – Gastronomia, Artesanato e Doçaria, que vai na 12ª edição.

Uma das atrações no início do evento é a omelete gigante, este ano com 17,28 metros e feita com mais de 10.300 ovos de codorniz pelas associações da terra.

“Tentamos todos os anos aumentar um pouco mais a nossa omelete e o objetivo é, sem dúvida, chegar ao Guinness. Queremos que isso seja implementado brevemente”, afirmou Armando Monteiro, presidente da Junta de Freguesia do Landal.

Na forja está também a criação da Confraria da Codorniz. “Queremos lançá-la para o ano. Já temos os trajes elaborados, porque também será uma mais-valia para levar o nome do Landal a todo o país”, indicou.

“É um grandioso evento que tanto nos orgulha. Queremos criar uma dinâmica na freguesia para trazer gente”, declarou o autarca.

O Landal tem o registo da Capital Nacional da Codorniz e isso permite a esta freguesia das Caldas da Rainha apostar na codorniz como imagem de marca.

E com a colaboração da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) poderá incentivado o consumo da codorniz, através de uma quinzena dedicada a esta ave com o envolvimento dos restaurantes do concelho.

“Estamos a trabalhar a ideia para desenvolver este produto, com fortes possibilidades gastronómicas, e estão reunidas as condições para que este ano, no mês de outubro, possa arrancar uma Quinzena da Codorniz no município das Caldas da Rainha”, manifestou Daniel Pinto, diretor da EHTO.

Uma ideia que procura aproveitar os diversos pratos que podem ser feitos com a codorniz, que suscita o interesse dos consumidores. “É uma carne muito tenrinha, saborosa, mais saudável e sem gordura”, declararam alguns dos participantes no evento.

Neste festival previa-se o consumo de cerca de 20 mil codornizes, nas mais variadas maneiras de confeção, grelhadas, fritas, com cogumelos, com amêijoas e outros acompanhamentos, pelos perto de 15 mil visitantes esperados nos quatro dias do evento, que decorreu na semana passada entre quinta-feira e domingo, e onde também o pão de ló foi outra das iguarias.

As tasquinhas foram da Associação dos Rostos, Grupo Desportivo do Landal, Grupo Desportivo de Santa Susana e Paróquia do Landal.

A EHTO participou na inauguração do festival, apresentando criações gastronómicas realizadas pelos alunos e chefes tendo como produto principal a codorniz do Landal, tais como tostas de escabeche de codorniz com pera rocha do Oeste, cenoura e cebola, espetada de ovo de codorniz com cogumelo, lolypop de perna de codorniz com maionese de alecrim e mini pastéis de codorniz.

No momento inaugural, o presidente da junta lembrou a necessidade de dar outras respostas à população da freguesia, nomeadamente ao nível da saúde e da habitação, reafirmadas pelo presidente da Câmara, Vitor Marques, e pelo representante da Assembleia Municipal, Pedro Marques.

Foi também apresentado um vinho do Landal, com a designação Adega Maria Emília (AME), por João Santos, jovem empreendedor da freguesia.

Ao longo do certame houve animação com o grupo de concertinas da escola José Cláudio e Catarina Brilha, banda Bico d’Obra, Banda Remix, Banda Estilus, Ruth Marlene, Rodrigo & Sandra, dj Nuno Remix, dj Marco Rocha, dj Lion B e folclore.

No dia 1 de junho realizou-se a caminhada “Rota da Codorniz” e houve insufláveis, pinturas faciais e moldagem de balões para assinalar o Dia Mundial da Criança.

Um torneio de futebol de onze, em veteranos, envolveu as equipas do Sporting Clube de Portugal, Ginásio de Alcobaça, Grupo Desportivo de Pedreiras e Grupo Desportivo do Landal. A vitória coube à equipa leonina. Houve ainda o passeio de bicicleta “Ciclo Landal” pela freguesia.