Segundo informação enviada ao JORNAL DAS CALDAS, o projeto promove uma “aprendizagem em rede, comunidade e autonomia, resultando numa proposta inovadora de educação cujo propósito é a criação de uma escola-piloto que seja uma verdadeira comunidade de aprendizagem”.
Este movimento, que já conta com mais de 200 pessoas, começou numa pequena reunião de pais, professores e crianças/jovens que se transformou numa rede de comunidades de aprendizagem com a possibilidade de se constituir numa rede de escolas-piloto. “Estas escolas não têm salas, horários, exames, nem muros, sendo as aprendizagens individuais, centradas nos interesses dos alunos e concretizadas através de metodologias ativas, como o trabalho de projeto desenvolvido em comunidade e responsabilidade… e com muita alegria”, lê-se no documento.
O principal objetivo do projeto A.R.C.A. 27 é “criar um novo modelo educativo, assente na relação dialógica entre tutores e alunos, nas suas necessidades e interesses, e que promova o desenvolvimento sustentável e comunitário”.
De acordo com a informação, a escola-piloto compromete-se a “garantir que todos os alunos adquiram os conhecimentos e competências necessárias ao cidadão do futuro, capaz de assegurar a sustentabilidade do planeta, a equidade, a alteridade e os direitos humanos, através da prática de uma cidadania ativa e global”.
O currículo a ser implementado é desenvolvido na escola pública portuguesa, com base nas Aprendizagens Essenciais (AE) e no Perfil do Aluno (PASEO), no entanto, com metodologias participativas, com foco na criança/jovem e nas relações que estes estabelecem com os outros e com o mundo, com uma forte ligação aos espaços exteriores, à comunidade local e à natureza e numa comunicação sistemática com a família.
Existem ainda metodologias que “provoquem motivação e curiosidade para alcançar novos conhecimentos e que promovam o desenvolvimento de competências, numa lógica de aprendizagem ao longo da vida”.
Cada aluno terá um plano de aprendizagem individual, desenvolvido com a orientação de um tutor. “Este plano será ajustado conforme os seus interesses e necessidades, promovendo uma aprendizagem significativa, consequente, transdisciplinar e baseada em projetos”.
A organização e funcionamento da escola serão democraticamente acompanhados numa assembleia de escola, que incluirá estudantes, tutores, docentes e encarregados de educação, com voz ativa nas decisões.
Segundo o documento enviado, o sucesso do A.R.C.A. 27 “depende da colaboração com diversos parceiros, como as autarquias e os agrupamentos escolares, as instituições académicas, entidades públicas, privadas e do setor associativo”. “Este modelo de organização procura integrar a escola na comunidade local, promovendo um sentimento de pertença e coesão social”.
O Projeto A.R.C.A. 27 representa uma abordagem inovadora e integrada para a educação, visando preparar os alunos para os desafios do século XXI. Através de um modelo educativo centrado na comunidade, “na autonomia e na sustentabilidade, esta escola-piloto procura criar um ambiente de aprendizagem dinâmico e inclusivo, capaz de formar cidadãos conscientes e preparados para contribuir positivamente para a sociedade e o planeta”.
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