No dia 29 de maio foi inaugurada a exposição relativa à celebração dos 50 anos do 25 de abril na Desenhos do Bruno – Academia, na Rua 15 de Maio, nas Caldas da Rainha.
A Desenhos do Bruno – Academia é, segundo o professor, “o quartel-general, a fábrica da criatividade” de jovens dos 7 aos 18 anos. A maioria dos alunos é do segundo e terceiro ciclo, tendo sido feita uma contextualização histórica sobre o 25 de Abril, apelando a uma pesquisa sobre o acontecimento antes da realização da exposição, em preparação desde março.
Bruno Prates indicou ainda que já tinham sido realizadas algumas exposições, mas nunca dentro do próprio espaço que, pela limitação da parede de vidro, teve de ser adaptado para a exposição dos trabalhos presentes na altura da inauguração.
“Aqui expostos temos 63 trabalhos, desde desenho, graffiti, lápis de cor, aguarela, acrílicos, entre outros”, relatou.
Os diversos trabalhos que foram realizados, incluindo alguns em 3D, obrigaram o professor a uma organização e gestão do espaço para conseguir trabalhar com tantos materiais e técnicas diferentes, o que por si só foi um desafio para a Academia
A exposição “25 de abril, por (bem) menores de 50 anos” foi realizada por 15 alunos para integrar o Caldas Late Night, na posição 66 do mapa da cidade.
A inauguração antecedeu a exposição dos trabalhos, num ano em que se realiza a Bênção das Fitas da primeira aluna da Academia, Sara Gregório, que continua a trabalhar neste projeto.
Cinco alunos foram chamados para falar sobre os seus projetos: Diana Carlos apresentou uma peça que representa Portugal no seu todo, com casas típicas do Alentejo, para relembrar que a revolução não aconteceu apenas nas grandes cidades de Lisboa e Porto.
Xavier João realizou um mural em miniatura utilizando o graffiti como forma de expressão, algo muito natural e espontâneo no aluno, como “a arte deve ser”, segundo o professor.
Maria Gabriela apresentou dois militares que lutaram pelo nosso país, Joana Saramago deu a conhecer uma obra sobre a liberdade de expressão traduzida na demonstração de afeto em público que, antes da revolução, não seria possível, e Joana Sousa fez um vitral com o símbolo da revolução: os cravos.
A Casa Antero serviu canapés e sandes, escolha que adveio da possibilidade que o local de restauração deu a Bruno Prates no passado para expor os seus primeiros trabalhos.
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