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Caldense Mágui Lage é cabeça de lista por Leiria pelo partido Volt

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O aumento dos salários à média europeia em 10 anos, mais ferrovia e combate às alterações climáticas são algumas das propostas apresentadas pela candidata do Volt às Legislativas.
Candidatos do Volt vieram às Caldas apoiar a candidatura de Mágui Lage

O partido Volt Portugal fez a apresentação oficial da candidatura de Mágui Lage, de 25 anos, natural das Caldas da Rainha, como cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Leiria às legislativas de 10 de março,

O evento, no passado dia 10, no auditório da Expoeste, nas Caldas da Rainha, contou com a participação do co-presidente do Volt Portugal e candidato às Europeias de 2024 pelo partido, Duarte Costa, e dos cabeças de lista pelos círculos eleitorais de Lisboa, Santarém, Coimbra, Aveiro e Setúbal, que vieram às Caldas apoiar a candidatura da caldense.  

Mágui Lage, licenciada em Engenharia Mecânica e mestre em Engenharia e Gestão de Energia, decidiu candidatar-se porque sente que “é difícil ser jovem nos dias de hoje em Portugal”.

“Vi nos últimos anos muitos amigos, familiares e colegas a tomarem a difícil decisão de sair do país e procurar melhores condições de vida noutras cidades europeias. Eu própria estive tentada a fazê-lo muito recentemente”, contou, adiantando que “não é por acaso que 30% dos jovens no ano passado emigraram para procurar melhores condições de vida”.

“O meu pai costumava dizer-me que se me esforçasse, tivesse boas notas, e fosse para a faculdade tirar um bom curso, ia ter uma boa vida. E foi isso que eu fiz, estudei, entrei na melhor faculdade de engenharia do país, fui uma das alunas com a média mais alta a terminar o curso, fiz dois Erasmus para me valorizar profissionalmente e entrei numa empresa considerada boa na área em que estudei. Diria até, que foi um cenário mais positivo do que muitos dos jovens que se formam, e acabam por não ter emprego na área de formação. Mas ainda assim, não é suficiente para ter uma vida independente, ambicionar ter filhos e viver a vida que sonhei quando era mais nova”, relatou.

Para Mágui Lage a resposta “passa por implementar as políticas certas com os partidos certos a governar o país”. “Neste momento, o Volt existe em todos os países da União Europeia e o nosso objetivo é fazer subir o nível de vida português ao nível médio europeu”, afirmou.

A cabeça de lista por Leiria explicou que o Volt é um partido “liberal e tem como objetivo proporcionar as condições certas para as empresas se fixarem em Portugal, através da criação de clusters tecnológicos e inovadores”.

Segundo a candidata, o grande objetivo do Volt para Portugal é, “em 10 anos, atingir salários europeus, porque se os outros países conseguem, Portugal também consegue”.

Mágui Lage criticou a falta de investimento nos últimos anos em opções de transporte público. “Eu vivo nas Caldas e trabalho em Lisboa, apenas a 90 km de distância, e se quiser ir de comboio demoro 3 horas a chegar à capital. Se escolher ir de autocarro, apanho filas intermináveis à entrada e saída de Lisboa”, descreveu.  

A caldense acusa os diversos governos no poder de terem “desenhado o país para o uso do carro pessoal, que acarreta despesas médias mensais de 500 euros”.

“Um país desenvolvido tem de ter opções sustentáveis de transporte e por isso é que o Volt quer investir na linha ferroviária para dar a oportunidade às pessoas de se deslocarem para onde quiserem de uma forma segura e sustentável”, manifestou.

Outro dos motivos que a levou a fazer parte do Volt é o “sentido de urgência que existe no combate às alterações climáticas”. “Nós já começámos a testemunhar evidências das alterações climáticas, por exemplo com a seca e a falta de água disponível na região do Algarve. Dentro de algumas décadas o clima de Portugal vai ser semelhante ao clima do norte de África”, detalhou.

Quanto à educação, a candidata revelou que o Volt propõe medidas como a “a reposição integral do tempo de serviço dos professores, a redução do número de alunos para cada professor, a diminuição do trabalho administrativo e a diminuição da carga letiva”. “Somos dos países com os horários mais carregados de aulas da Europa, saturando os alunos com quantidades absurdas de matérias, ao mesmo tempo que os impossibilitamos de ter tempo para desenvolverem outras skills, que depois tão necessárias são no mundo do trabalho, como o pensamento criativo”, acrescentou.

Na ordem do dia tem estado também a imigração e segundo Mágui Lage o Volt tem medidas para garantir que Portugal é capaz de integrar efetivamente os imigrantes. “A solução não passa por fechar fronteiras às pessoas que procuram melhores condições de vida, mas passa por investir na sua integração na cultura portuguesa, por expandir os processos de avaliação de equivalência de formação e experiência profissionais em áreas em que Portugal tem carências e por garantir que os imigrantes de baixos rendimentos têm apoios iniciais que os ajudem a estabilizar as suas vidas nos primeiros meses”, manifestou.

No final do seu discurso vincou que “se votarmos o mesmo de sempre, vamos ter o país de sempre”.

Duarte Costa realçou aquilo que a União Europeia pode fazer pelo distrito de Leiria, que é pautado pelo empreendedorismo, pela indústria, pela criação de riqueza e é muitas vezes a região que recebe menos apoios e menos investimento do ponto de vista dos fundos europeus”.

Realçou que a candidata pelo distrito de Leiria é uma pessoa “altamente ambiciosa na transição climática”, referindo que é a pessoa certa para dar a conhecer o projeto do partido Volt e que defende uma economia verde e uma forma de gerar riqueza alinhada dentro dos limites do planeta”.

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Mágui Lage diz que é difícil ser jovem em Portugal
 
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