A cidade de Caldas da Rainha é palco este mês de cinco exposições sobre o tema ‘Limite’, realizadas por estudantes da Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR), dos cursos de licenciatura em Design Industrial, Design de Espaços, Design Gráfico e Multimédia, Som e Imagem, e Programação e Produção Cultural, trabalhadas no âmbito da unidade curricular de Espaços Expositivos entre outubro de 2023 e janeiro deste ano.
Fruto da Mente, Além das Linhas, Sinestesia, Condenável ou Contornável? e Grito são as exposições patentes em diferentes locais da cidade. A professora Joana Morais é a responsável pelo evento.
No Telheiro do Parque D. Carlos I é possível encontrar a exposição Fruto da Mente, das estudantes Ana Beatriz Silva, Booz García, Margarida Esteves e Luna Godinho, que partem da ideia de que a mente humana pode ser comparada com uma árvore: “Os nossos sonhos e objetivos podem dar frutos se nos esforçarmos para os alcançar. Mas ao mesmo tempo podemos deixar que as nossas próprias raízes (inseguranças e medos) sufoquem as nossas ambições e criem um limite ao desenvolvimento”, pode ler-se na sinopse da exposição, aberta ao público entre 8 e 10 de janeiro, das 07h00 às 22h00.
Nos Silos – Contentor Criativo, também entre os dias 8 e 10, das 10h00 às 17h00, está patente a exposição Além das Linhas, da autoria de Beatriz Monteverde, Fábio Costa, JP Silva, Mariana Lucas e Samantha Peña, que desafiam o limite das regras: “É do entendimento geral que a liberdade artística aparenta ter poucos, ou até nenhuns, limites. No entanto, ao debruçarmo-nos realmente sobre a questão, começamos a notar que desde a nossa infância somos condicionados a seguir diversas regras ao criar arte, como pintar dentro das linhas, definir margens para o desenho ou desenhar caras de forma simétrica. Todas estas normas evoluem ao longo dos anos e acabam por se tornar em regras de anatomia e noções de perspetiva, regras que não definem de forma nenhuma o que é e o que não é arte, mas que são utilizadas para nos avaliar ao longo do nosso percurso académico”, fazem notar.
As exposições Sinestesia e Condenável ou Contornável? estão patentes no Museu Barata Feyo e na Igreja do Espírito Santo, respetivamente, apenas nesta quarta-feira, dia 10. A primeira estará aberta das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, ao passo que a segunda ficará disponível entre as 15h00 e as 18h00.
Da autoria de Alicia Costa, Carolina Lucas, Diogo Nobre, Inês Mota e Nyx Braz, Sinestesia pretende “tratar o tema dos limites da exploração da sinestesia através dos sentidos humanos tais como a visão, o olfato, a audição e o tato”. Serão expostos elementos gráficos, odoríferos, sonoros e outros texturizados, com o propósito de “ativar e explorar a interpretação individual de uma melodia contínua no espaço, associando-a aos elementos mencionados, de forma a que a experiência de cada um seja imersiva”, salienta a sinopse da exposição.
A exposição Condenável ou Contornável?, criada pelos estudantes Inês Nunes, Lara Bregieiro, João Santiago, Maria Stoer e Rita Baleia, convidará o público a mergulhar num debate sobre os limites da violência. “Através de expressões artísticas variadas e notícias que abordam a presença da violência, os próprios espetadores são desafiados a tirar conclusões para determinar quem é a vítima e quem é o culpado”, refere a sinopse.
Por fim, a exposição Grito, cuja inauguração está marcada para esta quarta-feira, às 19h00, estará patente na Casa da Mãe Joana, até ao dia 31 de janeiro. A mostra, que aborda o tema da xenofobia, é da autoria de Eduardo Almeida, Mariana Silva, Marta Oliveira, Miguel Conceição e Rita Henriques, podendo ser visitada até ao final do mês das 14h00 às 20h00, exceto às terças-feiras.
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