A Escola Básica de Santo Onofre comemorou o seu 30º aniversário com a inauguração, a 7 de dezembro, de uma exposição fotográfica onde aparecem alguns dos momentos mais marcantes dos trinta anos de existência.
São vários os momentos registados nesta mostra, intitulada “30 anos Juntos a Tecer o Futuro”, onde aparecem professores e ex-alunos, alguns dos quais já têm os seus filhos a estudar naquela escola.
Foi ainda criado um painel com a fotografia de cada um dos professores que passaram por aquele estabelecimento escolar ou que ainda lá estão a dar aulas.
João Silva, presidente do Agrupamento de Escolas Raul Proença, salientou que nestes anos “muitas coisas se passaram e a história foi-se construindo de bons e maus momentos”, mas sempre com o melhor a prevalecer.
Sem querer homenagear ninguém em particular, convidaram a estar presentes duas das professoras que faziam parte da comissão instaladora da então EBI de Santo Onofre, mas que atualmente já estão aposentadas. “Vieram abrir esta escola num contexto difícil e num bairro que não era fácil”, referiu João Silva.
A presidente da comissão instaladora de há 30 anos, Fernanda Caridade, disse que “todos vocês conseguiram transformar a EBI na escola que eu sonhei, diferente das escolas a que eu estava habituada”. A antiga professora referiu ainda que “tive a sorte de virem pessoas extraordinárias para esta escola”.
Fernanda Caridade lembrou como no início era habitual os pais e avós dos alunos virem trazer os alunos de manhã ainda de pijama e de camisa de noite. “Esta escola acabou por favorecer o próprio bairro das Morenas e abriu horizontes para os seus moradores”, comentou.
No seu discurso, o presidente do agrupamento referiu ainda que a EBI representou uma alteração importante, uma vez que juntava pela primeira vez os alunos do 1º ciclo com os do 2º e 3º ciclo. Na altura, “isso permitiu que os alunos do 1º ciclo tivessem acesso a atividades com professores dos outros ciclos e com práticas pedagógicas que só mais tarde se generalizaram noutras escolas”.
Embora agora faça parte do agrupamento Raul Proença, João Silva garante que fazem questão que esta escola mantenha a sua identidade própria. No entanto, têm realizado obras “para a escola estar mais acolhedora”, nomeadamente com a pintura da fachada do edifício principal e a colocação de novas persianas, entre outras. “Isso só é possível pelas verbas que a Câmara Municipal transfere para o agrupamento”, adiantou, agradecendo ao município esse apoio.
João Silva mostrou-se muito agradado por escola continuar a ter muita procura por parte dos pais “que é o melhor sinal do trabalho que todos fazem aqui”.
O presidente da Câmara, Vitor Marques, elogiou o papel que esta escola tem tido e contou que os seus três filhos foram ali alunos, o que demonstra a confiança que teve naquele estabelecimento de ensino. “Esta é uma escola que soube integrar a comunidade e as famílias”, afirmou, sublinhando a importância do envolvimento de todos para que se possa “fazer o melhor pelos nossos filhos”.
A cerimónia contou ainda com a atuação dos alunos do ensino articulado de dança e de música.
0 Comentários