A instalação do circo no Parque D. Carlos I foi também alvo de críticas na última reunião da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, fazendo-a prolongar até quase à 1h30 da manhã.
Após ler o artigo no JORNAL DAS CALDAS, o deputado Paulo Espírito Santo (PSD) quis saber se era necessário ou não pedir à Direção Geral do Património e Cultural (DGPC) aprovação para a colocação da tenda do circo no Parque D. Carlos I.
O deputado lembrou que a DGPC já tinha feito um parecer sobre outros eventos em que faz recomendações de medidas para mitigar os impactos causados por estes no Parque.
O presidente da Câmara explicou que a tenda está “numa zona sem árvores e com caminhos”. Por outro lado, serve não só para o circo, mas também para outros eventos e continua a considerar que o maior problema foi o “aparato na instalação da tenda”, garantindo que este espaço tem sido tratado com todo o cuidado.
Pedro Seixas (PS) considera que a questão fundamental é que o facto de o Parque ser ecossistema muito sensível e lembrou que há uns anos a Assembleia Municipal foi convidada para uma visita guiada ao local. O convite foi feito por Maria das Mercês Matos, fundadora da associação Nostrum, que quis mostrar as espécies protegidas existentes.
Na opinião de Pedro Seixas, o investimento no Parque não deveria ser só nos eventos mas também na sua proteção e na potenciação dos seus elementos únicos.
O deputado Paulo Baptista (Vamos Mudar) disse ter ido ao Parque ver como está a tenda e considerou que esta está num local onde já eram feitos os concertos da Feira da Fruta. “Tudo o que está a ser feito é, com certeza, bem pensado”, comentou.
Esta questão foi discutida durante o ponto da ordem de trabalhos relativa à delegação de competências para as juntas de freguesia, uma vez que o deputado Jaime Neto pediu que a verba relativa ao “Natal Encantado” fosse discutida em separado.
“Não percebemos porque é necessária uma verba de 115 mil euros, tendo em conta as atividades previstas”, comentou o deputado socialista.
Jaime Neto considera importante que haja um maior escrutínio em tudo o que se realiza no Parque e na Mata, tendo em conta a sua importância. Por outro lado, pensa que teria sido mais adequado instalar o circo no Parque junto ao Cencal.
Segundo o presidente da Câmara, depois de uma primeira iniciativa promovida pela União de Freguesias no Parque D. Carlos I, optou-se por aumentar o número de atividades naquele local. “Vai haver uma envolvência fantástica em toda a zona”, disse. Desse modo, foi necessário também aumentar o apoio financeiro.
O presidente da Junta de A-dos-Francos, Paulo Sousa, também interveio para lamentar as discrepâncias entre as verbas entregues a esta União de Freguesias e às outras congéneres.
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