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Sociais-democratas alertam para sentimento de insegurança nas Caldas

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O tema era a “Segurança” e entre os palestrantes estava um ex-ministro e um ex-secretário de Estado da Administração Interna, mas a conferência organizada pelos sociais-democratas caldenses, no dia 16, acabou por abordar a imigração e o sentimento de insegurança nas Caldas da Rainha.

O tema era a “Segurança” e entre os palestrantes estava um ex-ministro e um ex-secretário de Estado da Administração Interna, mas a conferência organizada pelos sociais-democratas caldenses, no dia 16, acabou por abordar a imigração e o sentimento de insegurança nas Caldas da Rainha.

O tema da imigração foi trazido à discussão pelos palestrantes. Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna do PSD, disse que Portugal tem uma desastrosa política de imigração. Na sua opinião, isso deve-se “à geringonça e aos desmiolados do Bloco de Esquerda”, nomeadamente com as alterações que foram feitas à lei de entrada, permanência e residência de estrangeiros.

Garantindo que nada tem contra os imigrantes e reconhecendo a sua importância, Miguel Macedo teme os efeitos dessas alterações. “Temos de ter uma política de imigração que sirva os interesses do país, não ponha em causa a coesão social e que não sirva para importar problemas com os quais não vamos conseguir lidar daqui a uns anos”, defendeu.

Nuno Magalhães (CDS), ex-secretário de Estado da Administração Interna, salientou que “não existe nenhuma ligação direta entre imigração e criminalidade”, mas atualmente “não sabemos quem são e renovamos automaticamente” as autorizações de permanência no território nacional. Com isso, “permitimos a circulação em todo o Espaço Schengen”, o que pode trazer problemas a Portugal.

António Salvador, arquiteto e administrador do grupo Medioeste (proprietário do JORNAL DAS CALDAS), comentou como os criminosos internacionais procuram os países onde seja mais fácil entrar no Espaço Schengen, para ter acesso facilitado à União Europeia. “O que está em causa é termos uma boa imigração, que nos sirva enquanto sociedade”, afirmou.

O ex-presidente da Câmara das Caldas, Fernando Costa, fez questão de falar sobre o impacto que a imigração tem tido na cidade.

Na sua opinião, a imagem das Caldas fica afetada pela concentração de lojas de imigrantes em determinados locais. “Não é por acaso que haja quem chame à rua entre a mercearia Pena e a rotunda da Rainha, o Martim Moniz”, afirmou.

Fernando Costa considera também que nas Caldas existe muita imigração ilegal e prova disso foi um polícia ter-lhe contado que há dezenas de imigrantes que não andam identificados, mas quando são abordados pelas autoridades “vai sempre a mesma pessoa à esquadra identificá-los”.

Aumento da delinquência juvenil

O moderador, José Viegas, secretário-geral da Comissão Política do PSD caldense, começou a conferência abordando os dados do último Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), relativo a 2022.

Desse relatório, Miguel Macedo destacou, entre outros, o aumento exponencial dos fenómenos associados à delinquência juvenil.

“Isso tem muito a ver com a permissividade que fomos consentindo todos – sociedade, instituições e forças de segurança – às incivilidades urbanas, que vão desde a pichagem de paredes à falta de respeito das regras de convívio urbano”, lamentou.

Esse desleixo acaba por “intensificar fenómenos de delinquência juvenil” e também por suscitar um maior sentimento de insegurança.

Por outro lado, Nuno Magalhães salientou que o pior que pode acontecer para um Estado de direito democrático é que as pessoas deixem de acreditar na justiça, por acharem que quando a ela recorrem só perdem dinheiro e tempo. Isto quando “deveríamos estar a caminhar para mais segurança no país”.

Hugo Oliveira, vereador e deputado, considera que nas Caldas da Rainha existe uma perceção de um sentimento de insegurança e lembrou que quando, há cerca de 15 anos, propôs a instalação de videovigilância nas Caldas da Rainha, houve quem estivesse contra e que agora esteja a favor.

“Não é por acaso que há três anos não se suscitou um debate sobre segurança e não era algo que levantasse tanta preocupação”, salientou o vereador Tinta Ferreira.

O social-democrata criticou o atual executivo da Câmara por não reunir há dois anos o Conselho Municipal de Segurança, onde estão todos os responsáveis das autoridades e da sociedade civil. Por outro lado, lamentou a falta de recursos humanos na esquadra da PSP caldense.

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