O ministério da Saúde revelou que há 17.075 utentes do concelho das Caldas da Rainha, num total de 63.883 pessoas, que não têm médico de família atribuído
O número foi avançado pelo ministério numa resposta aos deputados do PSD, que tinham enviado um requerimento com várias questões relacionadas com saúde na região.
De acordo com a informação, no concelho, no âmbito dos cuidados de saúde primários, existe a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados das Caldas da Rainha, repartida em três extensões, e três unidades de saúde familiar, com um total de 11 polos. Nessas unidades exercem funções 25 médicos especialistas de Medicina Geral e 35 enfermeiros.
Segundo o ministério, tem sido possível dar resposta aos utentes que utilizavam o polo dos Rostos na unidade de A-dos-Francos, fruto de uma parceria entre a Câmara das Caldas da Rainha, as juntas de freguesias de Landal e A-dos-Francos e a Unidade de Saúde Rainha D. Leonor. Essa parceria permitiu “alocar mais profissionais médicos àquela localidade, traduzindo-se esta medida num ganho assinalável para aquelas populações e uma redução do número de utentes sem médicos de família”.
O polo de Alvorninha estava a ser assegurado por médico prestador de serviços que “sem aviso cessou funções”. No entanto, em articulação com a junta de freguesia, “foi assegurado o acesso a consultas médicas a utentes daquela freguesia” na sede do concelho através de agendamento e com transporte assegurado.
Esta é uma medida de contingência e está previsto “reverter a situação assim que for possível garantir o número de horas de trabalho médico”.
O polo de Santa Catarina tem assegurada a presença de um profissional médico em regime de prestação de serviços, durante dois dias por semana.
Em setembro foi iniciada uma parceria com a junta de freguesia da Foz do Arelho para assegurar transporte aos utentes para terem consultas na sede de concelho, até que sejam contratados médicos que possam assegurar o normal funcionamento do polo naquela localidade.
No âmbito da preparação do concurso para recrutamento de pessoal médico para a categoria de assistente, da área da Medicina Geral e Familiar, foi proposta a abertura de oito vagas para as unidades caldenses. O concurso deverá realizar-se em breve.
É ainda anunciado que foi implementado um programa de acolhimento para médicos internos e especialistas, através da disponibilização de alojamento, “com vista a uma melhor integração nas comunidades locais”. Este programa conta com o envolvimento de seis municípios, em articulação com a Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo.
Em relação aos cuidados de saúde primários em Óbidos, o ministério da Saúde garante que, “apesar do número elevado de utentes sem médico de família atribuído”, tem sido garantido o atendimento a todos os que se desloquem às unidades daquele concelho.
Isso acontece através de consultas asseguradas por “profissionais médicos em regime de trabalho suplementar, médicos internos de 3º e 4º ano de especialidade, médicos prestadores de serviço e médicos aposentados”.
Para Óbidos foi proposta a abertura de quatro vagas em concurso a realizar-se em breve.
Com vista ao reforço da capacidade de acesso a utentes sem médico de família, está em curso um plano de atendimento aos sábados, durante todo o dia, para “valências e rastreios”. Este serviço é assegurado por equipas afetas às unidades das Caldas da Rainha.
O ministério refere que não existem em Óbidos recursos humanos suficientes para uma candidatura a Unidade de Saúde Familiar.
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