Na passada segunda-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o decreto sobre o regime de comparticipação do Estado no preço dos tratamentos termais prescritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O diploma que repõe o regime de comparticipação (suspenso em 2011) tinha sido aprovado, por unanimidade, na Assembleia da República, a 22 de setembro.
O facto de os tratamentos termais voltarem a ser comparticipados pelo SNS, a partir de 1 de janeiro de 2024, faz perspetivar um crescimento da procura no setor.
Um dos desafios em cima da mesa será agora o de sensibilizar os médicos para a prescrição destes tratamentos.
Quando a comparticipação dos tratamentos termais foi implementada como projeto-piloto, em 2019, houve um crescimento de 30% por parte do termalismo terapêutico.
À margem do congresso do termalismo, o presidente da Associação das Termas de Portugal (ATP), Victor Leal, disse ao JORNAL DAS CALDAS que fazer com que os médicos prescrevam mais tratamentos termais é “um caminho longo e difícil”.
A associação vai agora apostar na sensibilização da classe médica para os benefícios das termas na promoção da saúde e dos estilos de vida saudáveis. “A nova classe médica está mais vocacionada para a parte farmacológica”, referiu, adiantando que a ATP quer que essa realidade seja alterada.
Um dos passos necessários seria que a hidrologia médica voltasse uma cadeira obrigatória nos cursos de medicina, mas também tem sido explorada a possibilidade de criar cursos de pós-graduação e outras formações nessa área.
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