“Pescadores e mariscadores da Lagoa de Óbidos estão privados de desenvolver a sua atividade por causa da deteção de toxinas nas águas”, alertou a Direção da Organização Regional de Leiria (DORLEI) do PCP, que pediu “medidas urgentes para a grave situação” de se encontrarem “sem rendimentos há quase dois meses, não havendo perspetivas quanto à data da retoma da atividade”.
Os comunistas referem que os pescadores e mariscadores afirmam que “as informações são escassas e as ameaças quanto a um futuro para quem depende da Lagoa são sempre muitas”.
“A fauna e flora da Lagoa parecem estar ameaçadas a cada ano que passa, tendo em conta a errática movimentação de areias feitas em certos locais nos últimos anos, para além da falta de dragagens em zonas sensíveis da Lagoa”, manifestou o PCP, citando os profissionais da Lagoa, que apontou estarem “revoltados com a situação e sentem-se abandonados e sem respostas para fazer face às suas necessidades”.
A DORLEI do PCP indicou que dependem da Lagoa de Óbidos cerca de 100 famílias que dali tiram o seu sustento. “A interdição quanto à apanha de bivalves na Lagoa tem impacto direto nas economias familiares daqueles profissionais, na economia regional, que se ressente, desde as depuradoras à ausência de produto na restauração. Esta situação potencia o crescente recurso à importação deste tipo de marisco”, descreveu.
Ao Governo exigiu que encontre soluções para garantir rendimentos aos pescadores e mariscadores.
De acordo com o Sistema Nacional de Monitorização de Moluscos Bivalves, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, na última atualização, a 16 de outubro, estava interdita a apanha de amêijoa-boa, amêijoa-relógio, amêijoa-japonesa, mexilhão e longueirão, sendo permitida a apanha de berbigão e amêijoa-macha.
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