O tribunal de turno, em Alenquer, decidiu decretar prisão domiciliária para o autor dos disparos, que é agente da PSP, de 47 anos, na discussão ocorrida ao final da tarde da passada sexta-feira. na aldeia do Painho, no concelho do Cadaval.
Enquanto não são preparados os equipamentos para a utilização da pulseira eletrónica, o agente foi enviado para o Estabelecimento Prisional de Évora, destinado ao internamento de reclusos que exercem ou exerceram funções em forças ou serviços de segurança ou, ainda, para outros reclusos que necessitem de especial proteção, como políticos.
Para além do processo criminal que será desenvolvido, a PSP deverá abrir um inquérito para apurar se foram violados deveres deontológicos pelo agente.
A discussão terminou com vários tiros de pistola, agressões com uma sachola e empurrões que feriram quatro pessoas, uma delas com gravidade,
O autor dos disparos foi detido pela Polícia Judiciária, para quem transitou a investigação do caso. A pistola usada – arma de serviço – uma Glock 19 de 9 mm, foi apreendida na sua posse.
Na sequência de uma desavença cujos contornos se desconhecem, o polícia, residente no Bombarral mas cuja mãe mora no Painho, esteve envolvido em agressões com um jovem e uma familiar, e efetuou disparos na via pública, na Rua da Madalena, próximo do centro da povoação, ferindo com dois tiros nas pernas e uma vez nos braços um idoso de 65 anos, da mesma família, que o tinha atingido nas costas e ombros com uma sachola.
A ferramenta agrícola teria sido levada pelo jovem que inicialmente abordou o agente quando este saía do carro, cerca das 18 horas, na altura em que se deslocava à residência da mãe para lhe prestar o apoio diário.
Sentindo-se ameaçado, o polícia fez dois disparos para o ar e conseguiu retirar-lhe a sachola, que utilizou para acertar no jovem.
Ao aperceber-se do ferimento causado, alertou o 112 e foi quando chegaram os outros dois familiares, uma mulher, que ficou ferida na sequência de empurrões, e o idoso, que pegou na sachola atingindo o polícia, que para tentar travar as agressões disparou contra o homem, alegando ter praticado o ato em legítima defesa.
A vítima baleada foi transportada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, enquanto os familiares foram levados para o Hospital das Caldas da Rainha, assim como o agente.
No local estiveram para a prestação do socorro os bombeiros do Cadaval e do Bombarral, enquanto que a GNR do Cadaval tomou inicialmente conta da ocorrência.
O polícia, que presta funções como agente principal na esquadra de Peniche, onde esteve a trabalhar antes da ocorrência, foi interrogado no quartel da GNR do Cadaval e a Polícia Judiciária acabou por detê-lo no posto por volta das duas e meia da manhã para ser presente no sábado a primeiro interrogatório judicial no tribunal de turno, em Alenquer.
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