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Incêndio destrói telhado e sótão de um dos três Pavilhões do Parque

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Um dos edifícios dos Pavilhões do Parque foi alvo de um incêndio na passada segunda-feira, tendo ficado destruídos a cobertura e o sótão. A população lamenta os danos provocados num ícone da cidade.
Chamas e fumo negro alertaram a população

Um dos edifícios dos Pavilhões do Parque foi alvo de um incêndio na passada segunda-feira, tendo ficado destruídos a cobertura e o sótão. A população lamenta os danos provocados num ícone da cidade.

O fumo negro intenso que saía dos Pavilhões do Parque deu o alerta, pouco depois das quatro e meia da tarde. Situados na zona histórica das Caldas da Rainha, no Parque da cidade, os edifícios estão devolutos à espera da concretização de um hotel de cinco estrelas no local e apesar de estarem vedados por vezes têm sido identificadas pessoas no interior, utilizando o espaço para dormirem. A primeira preocupação dos bombeiros foi verificar essa situação.

“O fogo ardia com grande intensidade. Iniciámos com busca e salvamento. Entrámos no edifício até onde foi possível, mas o acesso à zona do incêndio já estava cortado pela queda de parte do teto e optámos por atacar as chamas pelo exterior, através dos meios de auto-escada, foi essa a nossa estratégia”, relatou ao JORNAL DAS CALDAS o segundo comandante dos bombeiros das Caldas da Rainha, Ricardo Soares.

A mobilização de 44 operacionais e 14 viaturas dos bombeiros das Caldas da Rainha, Óbidos, Benedita e Alcobaça permitiu conter as chamas a um dos pavilhões, onde não foi encontrado ninguém lá dentro.

Os danos são consideráveis: “No primeiro pavilhão o telhado e o que estava nas águas-furtadas encontra-se tudo danificado”.

Mas podia ter sido pior, não fosse a rápida resposta dos bombeiros. “Tínhamos as equipas em prontidão e com o apoio do dispositivo de combate a incêndios florestais, que foi mais um reforço, foi possível mobilizar logo três veículos de primeira intervenção, e mais o veículo-escada e dois veículos-tanque, para conseguirmos rapidamente debelar as chamas. Deixo também uma palavra de gratidão às outras corporações pelo apoio que nos deram no combate a este incêndio”, manifestou Ricardo Soares. O Serviço Municipal de Proteção Civil das Caldas da Rainha colaborou com os bombeiros, empenhando um drone com capacidade de imagem termográfica.

O presidente da Câmara fez uma visita ao interior do pavilhão, acompanhado pelo segundo comandante dos bombeiros. “Fomos perceber a situação. Não há instalações eléctricas, estão desligadas há bastante tempo. É estranho a forma como tenha acontecido. Ardeu o emadeiramento da parte de baixo da telha, que era bonito de se ver, e o piso de madeira, ardeu tudo mas o fogo não passou para os pisos de baixo. Vamos fazer avaliações técnicas para saber as condições em que o edifício se encontra”, referiu Vitor Marques, para quem “é um choque ver o património ter este problema mas acreditamos que venha a ser reabilitado e ter uma nova vida, e que isto não tenha posto em causa esse processo”.

“Vamos ter um hotel mas infelizmente tivemos este percalço”, comentou o autarca, revelando que os pavilhões estão na posse da Câmara, porque o grupo privado Visabeira ainda não iniciou as obras do hotel.

Tem sido ao longo dos tempos uma das imagens mais retratadas e fotografadas da cidade – a par com a emblemática Praça da Fruta – e consta de um projeto do Grupo Visabeira que pretende instalar no local um hotel de cinco estrelas com mais de cem quartos.

O projeto ainda não avançou e a degradação do espaço tem vindo a aumentar, sofrendo agora um duro revés com o incêndio, que afetou o pavilhão mais próximo do Hospital Termal.

O conjunto patrimonial dos Pavilhões do Parque D. Carlos I, edificado a partir de 1893, tinha sido concebido para ser utilizado como hospital, o que nunca aconteceu.

Os pavilhões chegaram a albergar um quartel militar, uma esquadra de polícia, escolas, biblioteca e sedes de associações.

Com o abandono de funções e perigosidade de queda de partes das fachadas, foram encerrados e o interior foi usado como depósito de documentos e máquinas obsoletas do hospital público da cidade, que deteve a posse dos imóveis até o Estado em 2015 resolver passar a gestão para o Município e depois entendeu-se concessionar a privados.

Em 2016, a então secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, veio às Caldas da Rainha assinar o memorando de entendimento que previa concessionar os Pavilhões do Parque a um investidor privado, com a missão de transformá-lo numa unidade hoteleira. “Este edifício é um exemplo paradigmático de património ao abandono. Se não se fizesse nada pura e simplesmente caía. E era uma pena porque é magnífico, parece o castelo do Harry Potter”, manifestou na altura.

Às marcas do tempo juntam-se agora os danos provocados pelo incêndio, pelo que mais do que nunca se aguarda pelo aproveitamento dos imóveis para fins turísticos, o que permitirá recuperar os prejuízos que as chamas causaram.

“É uma pena, é uma das imagens das Caldas da Rainha”, lamentava um popular.

Este não foi o primeiro incêndio verificado no interior dos Pavilhões, mas é o mais grave. As causas vão ser averiguadas.

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