Não podia ter terminado de melhor maneira o Festival de Ópera de Óbidos, com elevada nota artística perante plateias esgotadas. Ao fim de alguns anos de ausência, a reedição do festival deixou o público agradado e surpreendido com o espaço patrimonial da Quinta das Janelas, até agora desconhecido para muitos dos assistentes.
Para Filipe Daniel, presidente do Município de Óbidos, “a adesão do público foi extraordinária e o facto de termos estado com casa esgotada demonstra aquilo que é o acreditar das pessoas no trabalho que fazemos, pois naturalmente, com toda esta envolvente, mostrámos também aquilo que ainda não tinha sido mostrado; esta bonita Quinta das Janelas que é um património único do nosso concelho”.
José Rafael Rodrigues, vice-presidente da ABA – Banda de Alcobaça, Associação de Artes e coordenador geral do Festival, realçou que “ter vindo a Óbidos recuperar o seu Festival de Ópera foi um desafio muito grande para a ABA e fizemo-lo com o intuito de voltar a proporcionar noites de ópera na região Oeste”.
“Passaram cerca de 2500 pessoas pelo festival e isso deixa-nos muito satisfeitos”, manifestou.
Também para André Cunha Leal, diretor artístico do festival, “o balanço deste regresso não podia ter sido melhor, porque quando percebemos, logo na primeira semana, que os concertos e as récitas esgotam, e que o público envolve-se com a história, é porque conseguimos fazer passar a mensagem de que em Portugal é possível fazer ópera de altíssimo nível, mesmo não tendo os recursos das grandes casas de ópera”.
O festival foi marcado por cinco espetáculos, realizados ao longo de sete dias, totalizando oito apresentações, na sua maioria esgotadas.
Sobre o futuro, Filipe Daniel adianta que “estamos já a pensar em 2024, onde naturalmente vamos fazer coisas extraordinárias, e as pessoas podem acreditar que vai ser ainda mais surpreendente do que esta edição de 2023”.
O evento contou com o apoio financeiro da Direção-Geral das Artes e o apoio mecenático de Emily Kuo Vong.
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