A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO) defendeu que “é imperiosa a renovação do material circulante”, apontando que “as recentes supressões de comboios que se verificaram na Linha do Oeste vêm confirmar as preocupações” manifestadas publicamente e junto do secretário de Estado das Infraestruturas.
“As avarias nas UTD 592, conhecidas por ‘camelas’, começam a ser sucessivas e daí as supressões de comboios que, na Linha do Oeste, têm consequências para os utentes, tendo em conta o intervalo de tempo entre cada comboio”, sublinhou a comissão.
A frota de UTD 592, colocada na Linha do Oeste em 2018, para resolver os problemas de falta de material circulante, “tinha um prazo limitado de tempo de operacionalidade, sem que se acumulassem as avarias”.
A aquisição urgente de novo material circulante “não foi considerada, sendo ignorada pelo Governo”.
De acordo com a comissão, o atraso na entrega das novas automotoras obrigou a CP a prolongar por três anos o aluguer à Espanha das unidades diesel 592, com um custo, até final de 2025, de 19,551 milhões de euros pela disponibilidade de 18 unidades para a Linha do Oeste.
“Aos atrasos na modernização e eletrificação da Linha do Oeste, cujas obras já deveriam estar concluídas, no troço Meleças-Caldas da Rainha, cujo projeto de modernização e eletrificação do troço Caldas da Rainha-Louriçal já deveria ter sido lançado neste trimestre, somam-se os atrasos respeitantes à aquisição de material circulante”, vincou a CPDLO.
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