A adolescente de 16 anos que confessou ter assassinado a irmã, três anos mais velha, na casa onde ambas viviam com o pai, no bairro da Fonte Boa, em Peniche, vai aguardar o julgamento em prisão preventiva.
A decisão foi tomada nesta sexta-feira depois de ter sido presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Leiria para aplicação das medidas de coação.
A menor permaneceu em silêncio, preferindo não confirmar o que havia dito esta semana aos inspetores do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária acerca do crime.
Após cerca de quatro horas perante o juiz de instrução criminal, recebeu a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, que cumprirá no estabelecimento prisional de Tires, em Cascais, uma das três cadeias femininas do país.
A detida está indiciada por homicídio qualificado, pela perversidade e forma como foi cometido (punido entre 12 e 25 anos de prisão) e profanação de cadáver (punido até dois anos).
Num futuro julgamento, a menor, que é imputável, por já ter 16 anos, poderá eventualmente beneficiar de um regime penal de jovens adultos delinquentes (16 a 21 anos), caso o tribunal não veja demonstradas razões sérias para crer que a atenuação especial não traz vantagens para a reinserção social da jovem.
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