Um grupo de cidadãos foi à Berlenga no passado domingo para mostrar o seu desagrado pelo encerramento do campismo na ilha nos últimos anos, reclamando que a situação seja revertida.
“Acampar na ilha era a forma mais económica e sustentável que nacionais e estrangeiros tinham de estar em contacto com um ecossistema único e dormir por debaixo de um autêntico planetário real. Esta tradição, sem qualquer fundamentada justificação, foi quebrada pelo executivo municipal, argumentando inicialmente com a Covid-19, posteriormente com o Berlenga-Pass [título de acesso à área terrestre da ilha da Berlenga, pessoal e intransmissível, obrigatório para todos os visitantes e utilizadores, com registo em plataforma electrónica] e mais recentemente à falta de pareceres de várias entidades”, referiu o movimento que protesta contra a interdição do campismo.
“Continuamos em busca de respostas acerca dos alegados pareceres que impedem a reabertura do campismo, bem como o estudo que prova a sua falta de segurança, que tem justificado a drástica redução de socalcos”, adiantou.
“Defendemos um turismo sustentável, consciente e não massificado. Acreditamos que a vontade popular ainda pesa sobre os interesses privados e que a continuidade do campismo na ilha é uma forma de mostrar às futuras gerações que a magia da ilha da Berlenga ainda existe”, manifestou o grupo, que conta com uma petição lançada na internet, subscrita por 1130 pessoas.
A autarquia aguarda pareceres e remete uma decisão para o próximo verão.
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