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João Almeida desistiu após queda em Glasgow mas vai correr contrarrelógio

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O passado domingo foi para João Almeida “um dia para esquecer”, como confessou, após “uma queda” no Campeonato do Mundo de Ciclismo, em Glasgow, na Escócia.
João Almeida, segundo a contar da esquerda

O passado domingo foi para João Almeida “um dia para esquecer”, como confessou, após “uma queda” no Campeonato do Mundo de Ciclismo, em Glasgow, na Escócia.

Um dia depois de ter completado 25 anos, o corredor de A-dos-Francos, acabado de conquistar o 2º lugar na Volta à Polónia, integrou a seleção nacional na prova de fundo do Campeonato Mundial de Estrada, mas no percurso neutralizado entre a partida simbólica e o km 0, João Almeida caiu. O susto foi grande, mas as lesões – que serão reavaliadas após a prova – não impediram o corredor de seguir em prova, apesar de algumas escoriações e uma dor no pescoço nos momentos imediatos à queda.

O caldense afirmou que a situação o deixou “bastante condicionado, mas decidi continuar a lutar para tentar terminar a corrida”. A corrida, com uma extensão de 271,1 quilómetros, iniciou em Edimburgo e terminava com dez voltas ao circuito urbano de Glasgow.

“Infelizmente tive de encostar”, lamentou João Almeida, que abandonou quando faltavam quatro das dez voltas ao circuito, quando começou a chover e o corredor, já a pedalar no segundo pelotão, jogou pelo seguro e optou por não arriscar nova queda.

Não foi o único português a desistir. Rúben Guerreiro e André Carvalho abandonaram quando faltavam cinco das dez voltas ao circuito.

Nelson Oliveira, 46.º classificado, foi o único resistente da seleção nacional na prova de fundo do Campeonato Mundial de Estrada, uma corrida que consagrou o neerlandês Mathieu van der Poel, que também foi alvo de uma queda. O belga Wout van Aert gastou mais 1m37s e ficou com a medalha de prata, enquanto o esloveno Tadej Pogacar (colega de João Almeida na UAE Team Emirates) bateu o dinamarquês Mads Pedersen na luta pela medalha de bronze, chegando ambos a 1m45s do vencedor. Dos 195 corredores inscritos, apenas 51 chegaram ao fim.

“Quero agradecer a toda a equipa de Portugal por todo o trabalho, que não foi recompensado e acaba por permanecer invisível. Resta recuperar o máximo possível para estarmos ao nosso nível na sexta-feira, no contrarrelógio”, manifestou João Almeida, que ficou com feridas no pulso esquerdo e recebeu gelo na zona do pescoço.

Recebeu assistência médica em andamento, pelo carro da seleção portuguesa, mas apesar das mazelas, que vão merecer uma avaliação diária do médico – procedimento normal após quedas – o caldense alinhará com as cores de Portugal na prova de contrarrelógio.

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