Tinha intenção de intervir na Assembleia Municipal de Caldas da Rainha, no dia 11 de julho, para manifestar a preocupação e ponto de vista da atual direção desta associação. Tal não foi possível porque as vagas abertas ao público já estavam todas preenchidas.
Neste momento, é crucial sublinhar a nossa preocupação e empenho em garantir o melhor futuro para a região Oeste. A decisão de construir um novo hospital do Oeste no Bombarral, em detrimento do hospital de Caldas da Rainha, acarreta muitas consequências prejudiciais que não podem ser ignoradas.
Caldas da Rainha é o 5.º maior concelho do distrito em área territorial (12 freguesias), com cerca de 255,87km2 e o 4.º maior em número de habitantes com 50.917 habitantes (dados de 2021).
Um concelho central na região, que ao longo dos últimos 40 anos tem trabalhado em infraestruturas, acessos, na economia circular de apoio para que o serviço hospital tenha condições e chegue cada vez a um maior número de pessoas. Caldas da Rainha conta hoje com mais de 3590 empresas registadas no concelho.
A decisão de retirar o hospital de Caldas da Rainha irá causar danos económicos e sociais não só na cidade de Caldas da Rainha como em toda a região! Iremos enfrentar um impacto negativo nas oportunidades de negócio, de emprego, no desenvolvimento económico e turístico. Pois a facilidade de acesso entre Caldas da Rainha e os outros concelhos do distrito são incomparavelmente superiores e muito melhor preparados do que a solução apresentada para o Bombarral.
Bombarral, apesar das suas valências não é um concelho central, nem com preparação territorial ou económica para assegurar o bom funcionamento de um novo hospital do Oeste. Tem apenas 4 freguesias com 91,7km2 território, 13324 habitantes e 264 empresas registadas no concelho.
É crucial assegurar o acesso adequado aos cuidados de saúde à população, preservando a identidade e os esforços económicos que têm sido feitos. Não se pode acabar com uma economia existente, em pleno funcionamento, que precisa sim de melhorias e de mais investimento, em detrimento de um sonho de colocar um novo hospital num concelho que não reúne condições nem tem preparação para tal. Não estamos a falar de evolução, mas sim de estrangulamento em dois concelhos! Em Caldas da Rainha porque se arruína a economia existente e no Bombarral porque não está suficiente preparado para uma economia desta dimensão.
Mais do que um concelho com génese nas águas termais, Caldas da Rainha é hoje o concelho mais próximo de todos e que melhores condições reúne para o crescimento de um hospital desta dimensão. Com um hospital em Caldas da Rainha ninguém perde e todos ganham!
A ACCCRO está empenhada em lutar com e pelos empresários, não só de Caldas, mas da região Oeste, para que a construção do novo hospital do Oeste não seja um favoritismo político, mas sim uma decisão estratégica a nível económico e social, porque é para isso que os hospitais servem, para servir as comunidades.
Contamos com o apoio de todos os associados e empresários da região para trabalharmos em conjunto em prol do interesse comum.
Da nossa parte, podem contar com uma ACCCRO forte e determinada na luta para que a voz do bom senso e dos factos seja ouvida até que a construção do novo hospital do Oeste seja uma realidade em Caldas da Rainha.
Luis Gomes
Presidente da Associação Empresarial de Caldas da Rainha e Oeste (ACCCRO)
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