Cerca de 30 mil pessoas participaram na primeira edição do Alfeizerão Medieval, que decorreu naquela localidade de 14 a 16 de julho, num espaço totalmente construído do zero.

Segundo a organização, a associação Terras de Viri’Arte, foram os estrangeiros quem mais aderiu a este evento, mas houve também milhares de portugueses a aderirem. “Superámos as expetativas”, sublinhou João Madeira, coordenador técnico da associação.

“Penso que merecemos este enorme sucesso, por todo o trabalho que aqui tivemos”, afirmou.

Embora tenha chovido no primeiro dia, o sábado teve uma enorme enchente de pessoas e no domingo houve quem preferisse voltar aos tempos medievais em vez de ir à praia.

Com o tema “Depois da Reconquista”, o mercado medieval evocou o tempo em que D. Afonso Henriques fez a doação destas terras à ordem de Cister. Nessa altura, Alfeizerão tornou-se numa das 13 vilas dos Coutos de Alcobaça e recebeu carta de foral em 1332. Na época possuía um castelo no morro sobre a então lagoa e um porto de mar.

Numa área de mais de 11 mil metros quadrados estiveram 84 expositores. No recinto houve vários cenários de uma localidade medieval, como um hospital de campanha (com todos os instrumentos e mezinhas utilizados na altura), acampamentos militares, um espaço dedicado aos mouros, um picadeiro, um lago artificial e uma área infantil que contava com um carrossel medieval, movido a pedais.

As bancas de restauração estiveram misturadas com tudo o resto, permitindo que o público circulasse por todo o espaço, ao mesmo tempo que apreciava os vários eventos de animação, que tiveram lugar no meio do recinto.

Com 16 anos de atividade a realizar eventos medievais, a associação apostou num mercado a céu aberto, o qual permitiu que os visitantes pudessem andar à vontade e apreciar tudo o que evento oferecia.

As entradas eram gratuitas e isso também permitiu que os participantes só tivessem que gastar se adquirissem alguns dos produtos nas dezenas de barracas com os mais variados artigos inspirados na época medieval ou nos comes e bebes, também associados à Idade Média.

A associação vai agora começar a trabalhar para realizar a segunda edição em 2024, aproveitando o que já está feito, como o poço que construíram, e criando mais infraestruturas que possam dar mais conforto aos visitantes.

“Quisemos ser mais arrojados do que é habitual nestes eventos medievais e para o próximo ano seremos ainda mais”, disse o organizador.

Para esta primeira edição a Junta de Freguesia de Alfeizerão investiu 35 mil euros, com o intuito de cativar os turistas que visitam a região nesta altura. “Quisemos fazer algo de novo em Alfeizerão”, explicou o presidente da Junta, Leonel Ribeiro.