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Modernização do troço Meleças-Caldas da Rainha até o primeiro semestre de 2024

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A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste revelou que o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, garantiu que “até ao final do primeiro semestre de 2024 a modernização e eletrificação do troço Meleças-Caldas da Rainha” da Linha Férrea do Oeste “estarão concluídas”.
Obras na Linha Férrea do Oeste

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste revelou que o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, garantiu que “até ao final do primeiro semestre de 2024 a modernização e eletrificação do troço Meleças-Caldas da Rainha” da Linha Férrea do Oeste “estarão concluídas”.

A informação foi dada após a reunião, no dia 12 de julho, entre a comissão e o membro do Governo.

Pela comissão foi proposto que aquando da interrupção de circulação de comboios entre Torres Vedras e Meleças, para a modernização dos quatro túneis daquele troço, que a Infraestruturas de Portugal prevê que dure de quatro a seis meses, “fique garantida a eficácia do transporte rodoviário posto à disposição dos passageiros, de modo a que as perturbações sejam mínimas para os mesmos e a informação suficientemente antecipada aos utentes”.

É também considerado “indispensável” que o Ministério das Infraestruturas e os Municípios influenciados pela Linha “se entendam quanto à necessidade da coordenação dos meios de transporte ferroviários e rodoviários, a fim de garantir uma maior eficácia na resposta às necessidades de mobilidade das populações e na construção de infraestruturas intermodais, nas localidades de maior dimensão”.

Relativamente à modernização e eletrificação do troço entre Caldas da Rainha e Louriçal, segundo a comissão “já com um atraso de um ano em relação ao inicialmente previsto”, o secretário de estado afirmou que “o concurso para o projeto será lançado ainda neste trimestre, depois de ter sido obtida a autorização do Ministério das Finanças”.

“Não deixámos de manifestar a nossa preocupação quanto ao facto de esta obra poder vir a estar pronta só em 2030, se atendermos ao que a Infraestruturas de Portugal tornou público quanto ao tempo

que demoram as obras ferroviárias, desde a decisão política inicial até à conclusão da obra”.

A renovação do material circulante é também exigida pela comissão. “Se, neste momento, não há problemas de maior quanto às composições 592 (conhecidas por “camelas”), com o passar do tempo a situação tenderá a agravar-se, pelo que se impõe a sua substituição”.

“Quisemos saber qual o estado em que se encontra o fabrico das novas composições e quando começarão a ser entregues à CP e o secretário de Estado informou-nos que, como solução intermédia, serão postas a circular na Linha do Oeste as composições 450 renovadas, nomeadamente, no que toca aos motores a diesel, prevendo-se que haverá uma primeira entrega das novas composições em 2025, podendo vir para Portugal uma ou duas, para testes, em 2024”, divulgou a comissão.

Sobre a proposta de ligação da Linha do Oeste à Linha de Cintura, em Lisboa, via Loures, prevista no Plano Ferroviário Nacional, a comissão defendeu a importância desta solução do ponto de vista estrutural para a rede ferroviária nacional, pois “acrescenta na região de Lisboa a circulação de comboios suburbanos, numa zona densamente povoada, eliminando ou reduzindo significativamente o tráfego rodoviário de passageiros e permitindo um encurtamento do tempo de viagem significativo nos comboios regionais e interregionais de e para Lisboa”.

Sobre esta matéria, o secretário de estado disse apenas que “a proposta se situa, neste momento, no plano do debate político”.

Numa sessão pública dedicada ao futuro da Linha do Oeste, realizada na noite de 7 de julho, no Auditório da Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, a comissão manifestou que “as obras de modernização e eletrificação da Linha do Oeste, no troço entre Meleças e Caldas da Rainha” apresentam “uma perspetiva de conclusão muito para além do prazo inicialmente previsto”.

Infraestruturas de Portugal negou paragem

Entretanto, em resposta aos deputados municipais de Torres Vedras, que demonstraram preocupação com as obras de requalificação da Linha do Oeste “paradas ou em atraso entre Torres Vedras e Sintra”, a Infraestruturas de Portugal negou à agência Lusa essa situação.

“As obras não estão paradas, decorrem em vários locais”, estando nomeadamente em curso as empreitadas de conceção e construção de uma nova subestação de alimentação elétrica em Runa (Torres Vedras), a cargo da Efacec, da nova sinalização eletrónica do troço Meleças – Caldas da Rainha, a cargo da Thales, e da ligação entre a Rede Elétrica Nacional (REN) e a nova subestação, a cargo da REN, revelou.

Quanto às obras de construção civil entre Torres Vedras e Sintra, “está a decorrer a construção de passagens inferiores, da superestrutura de via na zona da linha a duplicar e do caminho de cabos, bem como intervenções nos cais de passageiros, no reforço da eletrificação nos túneis e instalação de catenária e de torres GSM-R (Sistema Global de Comunicações Móveis nas ferrovias), para a comunicação entre os comboios e os centros do controlo de regulação ferroviária”.

A Infraestruturas de Portugal adiantou que a empreitada entre os concelhos de Torres Vedras e Sintra deverá ficar concluída no primeiro semestre de 2014.

No passado dia 7, a Comissão Permanente de Sustentabilidade da Assembleia Municipal de Torres Vedras, organizou uma viagem de comboio entre as estações de Outeiro da Cabeça e Mira Sintra-Meleças para verificar o ponto de situação da obra de eletrificação da Linha do Oeste.

Segundo a Câmara Municipal de Torres Vedras, “ao longo da viagem foram observados avanços significativos nas obras entre Outeiro da Cabeça e Torres Vedras, no entanto a ausência de trabalhos entre Torres Vedras e Malveira causou preocupação, sendo que para esta zona estão projetadas passagens de nível, alargamentos de linha e ainda a construção da estação de tração eléctrica”.

“Da Malveira em diante foi possível verificar alguns trabalhos pontuais, mas a Comissão, assim como os restantes membros da comitiva, manifestaram preocupação com as possíveis consequências do atraso no troço referente à primeira parte das obras (Mira Sintra-Meleças/Torres Vedras) para efeitos de financiamento”, refere a autarquia.

Contudo, a Infraestruturas de Portugal afirmou que “todas as verbas disponíveis no atual quadro comunitário serão utilizadas” e que “os montantes necessários à conclusão das empreitadas estão previstos no orçamento” da empresa.

As revisões de preços e de eventuais trabalhos complementares decorrentes do atraso da obra só vão ser “apuradas no final da obra”.

O projeto de modernização da Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz) está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças (Sintra) e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros.

A segunda consiste na modernização e eletrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 milhões de euros.

Contudo, o investimento global é de 160 milhões de euros, incluindo expropriações, de acordo com a empresa.

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