A secção do PSD do Bombarral considera que os Municípios de Caldas da Rainha e de Óbidos têm manifestado “de forma indelicada a sua discordância com a localização” do futuro Hospital do Oeste no Bombarral, lamentando que “em alguns casos com afirmações que não correspondem à realidade, e que traduzem um claro desrespeito” por este concelho e população.

“Lamentamos igualmente a completa falta de sentido democrático e de consideração por toda a população oestina que o futuro Hospital do Oeste visa servir”, afirma a comissão política do PSD bombarralense.

As críticas estendem-se às “diversas intervenções apresentadas na qualidade de deputado do PSD, eleito por todo o distrito de Leiria”, por Hugo Oliveira, que é igualmente presidente da Comissão Política Distrital de Leiria do PSD e vereador na Câmara Municipal de Caldas da Rainha, “nas quais exprime de forma veemente a sua discordância com a localização do futuro Hospital do Oeste”.

“Não temos conhecimento que tal postura seja representativa da posição oficial do PSD sobre esta matéria, nem que tal resulte de quaisquer estratégias, mas apenas de posições individuais, tomadas, a nosso ver, na qualidade e local indevidos”.

O PSD do Bombarral também condena “a atitude da Secção Política do PSD de Torres Vedras, ao colocar um outdoor com o intuito de diminuir a imagem e a importância estratégica do concelho do Bombarral, em sentido contrário à posição assumida publicamente pela Comissão Política do PSD Área Oeste”, da qual faz parte. Em causa a mensagem do PSD torriense que afirma “Torres Vedras não é o Bombarral”, numa alusão à opção defendida pela maioria das autarquias do Oeste antes de ser conhecer a decisão do ministro da saúde.

A comissão política do PSD bombarralense sustenta que a opção pela localização do futuro hospital nos terrenos da Quinta do Falcão, no Bombarral, “foi tomada legitimamente pela tutela, o Ministério da Saúde, e resulta de um processo de decisão complexo, suportado por um estudo técnico de caráter científico”.

“É um facto de que nos orgulhamos e que, desde o primeiro momento, contou com toda a colaboração e apoio incondicional por parte dos eleitos locais pelo PSD, nos vários órgãos autárquicos. Vimos lamentar que a decisão não tenha obtido a desejável unanimidade dos membros da Comunidade Intermunicipal do Oeste, que era um dos objetivos iniciais do processo, quando todos concordaram com a realização do estudo encomendado à Universidade Nova de Lisboa. Manifestamos, todavia, satisfação pelo amplo consenso que a decisão obteve junto da quase totalidade dos municípios abrangidos”, manifesta a estrutura bombarralense liderada por Rui Viola.

Garante também que vai estar atento à consolidação do processo, “para que a passagem das palavras aos atos seja uma realidade e não se repitam atrasos ou retrocessos, infelizmente ocorridos em processos semelhantes”.