O presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha convocou uma concentração de protesto neste sábado, às 11 horas, no Largo da Rainha, contra a decisão anunciada pelo ministro da saúde de construir o Hospital do Oeste no Bombarral, o que segundo a autarquia caldense, “implica objetivamente o encerramento dos cuidados hospitalares” nas Caldas da Rainha.
Vitor Marques, que declarou “luto” pelo Hospital das Caldas, está também a colocar faixas negras nos edifícios municipais, ação para a qual foram convidadas a aderir todas as freguesias do concelho, e pede aos participantes na concentração de protesto para se apresentarem “vestidos com uma ou mais peças de roupa negra”.
A escolha do Largo da Rainha não é por acaso. Para além de ser uma zona de entrada e saída da cidade, com grande visibilidade, é ali que está instalada a estátua da Rainha D. Leonor, fundadora em 1485 do Hospital Termal, que motivou o crescimento do burgo, que evoluiu para cidade, desde sempre ligada à área da saúde.
Haverá um pequeno percurso pela zona central da cidade, com passagens na Rua Heróis da Grande Guerra, Rua das Montras e Praça da Fruta, numa ação cívica para sensibilizar a população a abraçar esta causa.
“É uma jornada de luto, que é também uma jornada de luta pelo Hospital das Caldas da Rainha”, manifesta.
O presidente da Câmara garante que o Município “vai lutar até ao último dia pelo Hospital das Caldas e por cuidados de saúde de qualidade para os caldenses, com a garantia de que todos estão cobertos por cuidados hospitalares de proximidade, e que uma decisão do Estado Central não vai deixar uma onda de devastação social e económica no concelho, que nenhuma medida compensatória poderá aliviar”.
Para Vitor Marques, a decisão anunciada pelo ministro, na semana passada, “não se refere apenas à construção de um equipamento essencial fora de Caldas da Rainha”, vincando que é preciso perceber “o verdadeiro alcance e as consequências reais da decisão de construção do novo Hospital do Oeste no Bombarral”.
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