António Curado não quis se pronunciar, como presidente do Conselho Sub-Regional do Oeste da Ordem dos Médicos, sobre a decisão do ministro da Saúde acerca da localização do novo hospital do Oeste no Bombarral, enquanto o assunto não for debatido internamente, mas como cidadão, médico e líder de bancada do Vamos Mudar na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha comentou achar que “a decisão do novo hospital no Bombarral ainda vai ser ponderada”.
António Curado diz que não é “minimamente razoável aquela decisão”. “Um equipamento desta dimensão, com 480 camas, tem que ter um determinado tipo de serviços envolventes de captação dos profissionais que não se coaduna com um local daqueles”, apontou. Defende assim a nova unidade numa cidade com uma “dimensão razoável”.
Criticou a conclusão do estudo do grupo de trabalho coordenado pela antiga ministra da Saúde, Ana Jorge, alegando que “não olharam para o parecer técnico e científico sobre as metodologias a adotar na definição da localização do novo Centro Hospitalar do Oeste que a autarquia das Caldas encomendou”. “Foi um documento feito com rigor com muito conhecimento, através de pessoas que estudaram o assunto, e disseram que há questões ligadas ao Plano de Ordenamento do Território a nível nacional que têm que ser consideradas”, relatou.
“O equipamento só poderia ser construído em Torres Vedras ou Caldas da Rainha e Torres não pode ser porque tem o Hospital de Vila Franca e de Loures a uma curta distância”, adiantou.
O responsável tem esperança que o hospital no Bombarral “não vá ser uma realidade”. “Acho que vai ser ponderado”, salientou.
No entanto, se realmente for para o Bombarral considera que terá “impacto nas Caldas”, mas acredita que “não é devido a 18 quilómetros que as pessoas deixarão de vir para as Caldas”.
“O concelho tem outras possibilidades de desenvolvimento, como o masterplan do termalismo, cultura e cerâmica, que o Bombarral nunca terá”, manifestou.
“Uma unidade com Cuidados Continuados no edifício do hospital das Caldas é uma compensação muito menor, mas também implica recursos humanos”, fez notar.
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