Luís Gomes, presidente da ACCCRO – Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste, afirmou estar “bastante preocupado” com o anúncio do ministro da Saúde sobre o novo hospital do Oeste ser construído na Quinta do Falcão, no Bombarral.
Apesar de achar que ainda é “muito cedo porque poderá haver a queda do Governo e eventualmente outra decisão”, Luís Gomes defende uma estratégia para compensar a perda. “Somos uma cidade historicamente ligada à saúde onde o próprio comércio nasceu à volta do Hospital Termal”.
O responsável reconhece que o anúncio do novo hospital é bom para o Oeste porque é um equipamento “primordial”. No entanto, alega que do ponto de vista das Caldas, em que o “comércio e restauração sempre trabalharam à volta da saúde, é um anúncio devastador, que arrasa com o paradigma da cidade que estamos habituados, porque são mais de mil pessoas que trabalham na nossa unidade e que acabam por utilizar os equipamentos da cidade”.
No caso do hospital das Caldas Luís Gomes referiu que o município tem que trabalhar com o ministério da Saúde para que o edifício continue no Serviço Nacional da Saúde e que “haja contrapartidas para o concelho”.
“O Sr. ministro da Saúde teve a ousadia de vir à cidade deixar esta bomba e agora espero que tenha a ousadia de vir cá anunciar contrapartidas positivas para a cidade”, adiantou.
O presidente da ACCCRO assume o compromisso de trabalhar com a autarquia e “promover ações conjuntas dinamizadoras do comércio e restauração”. “Tem que haver uma estratégia feita com calma e muito bem estruturada”, salientou.
“Não queremos guerra entre os territórios, mas tentar trazer para as Caldas o que é justo”, acrescentou.
Luís Gomes revelou que a ACCCRO está a organizar uma tertúlia para falar sobre este tema com o objetivo de saber a opinião dos associados e em conjunto falar em soluções e contrapartidas.
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