Foi num ambiente de festa e de fé que teve lugar na última segunda-feira a passagem pelas Caldas da Rainha dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ): a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.
Desde novembro de 2021 que os símbolos estão a percorrer todo o país, tendo chegado à Diocese de Lisboa a 1 de julho, mais precisamente a Alcobaça. Nesse dia, o Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente, celebrou uma missa no Mosteiro de Alcobaça com a presença de vários jovens e das famílias de acolhimento.
Nas Caldas, o dia começou em frente à Câmara Municipal com a apresentação dos símbolos à comunidade que celebra a eucaristia.
Os cerca de 60 jovens das várias paróquias do concelho seguiram depois pelas ruas da cidade até ao Estabelecimento Prisional das Caldas da Rainha. Segundo Marta Xavier, coordenadora do Comité Organizador Paroquial local, este foi um dos momentos mais marcantes da jornada. “Quisemos chegar a todas as pessoas e os que não podem vir ao encontro da cruz, nós fomos ao encontro delas”, explicou. Nem todos puderam entrar e os jovens ficaram à porta a escrever cartas para os reclusos e funcionários da prisão.
Passaram também pelo quartel dos bombeiros, onde foram saudados pelos soldados da paz em parada, e estiveram na eucaristia da igreja de Nossa Senhora do Pópulo.
O almoço foi um piquenique no Parque D. Carlos I, onde houve também vários jogos tradicionais e passeios de barco no lago.
De tarde fizeram um percurso pelas ruas da cidade, com passagem pela Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha, estação de comboios, praça 25 de Abril e Hospital “para também irmos ao encontro dos que estão mais fragilizados”.
Ao final da tarde teve lugar uma missa na Praça de Touros, celebrada pelo bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar. À noite realizou-se um espetáculo musical no Parque D. Carlos I, junto aos campos de ténis, onde teve depois lugar a passagem dos símbolos para Óbidos.
Com 3,8 metros de altura, a cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo.
Desde então, a cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países.
Desde 2003 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços.
Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens.
Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes
O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.
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