A Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha comemorou o seu 95º aniversário com um arraial nas suas instalações, onde não faltou a animação musical e um lanche com porco no espeto.
“Quisemos comemorar os 95 anos em família, ou seja, com os nossos colaboradores e com os seus familiares, para além dos utentes que puderam participar”, sublinhou a provedora da Misericórdia das Caldas da Rainha, Maria da Conceição Pereira.
A festa serviu também para homenagear os membros que faziam parte da anterior mesa administrativa, cujo provedor era Lalanda Ribeiro. “Sem passado também não há futuro e não podemos esquecer quem esteve tanto tempo nesta instituição”, referiu a atual provedora. Para o centenário está a ser preparada uma comemoração especial, altura em que estes elementos serão homenageados de uma forma mais solene.
Antes da pandemia o arraial era aberto à população e realizava-se na Praça de Touros, mas segundo a provedora ainda não existem condições para voltar a promover uma festa mais alargada.
Atualmente, a Misericórdia está focada na reabilitação dos seus espaços mais antigos. “Esta casa foi crescendo em espaços contíguos, para dar resposta às várias necessidades e alguns espaços que estão a necessitar de requalificação”, explicou a provedora.
Ainda este ano querem realizar as obras na cozinha do edifício principal, orçadas em cerca de meio milhão de euros. Como esta não está em condições, estão a utilizar a cozinha das instalações no Colégio Ramalho Ortigão. Para esta intervenção a Misericórdia irá contar com o apoio financeiro da Câmara das Caldas.
“Temos tido uma ótima relação com a Câmara. Ainda recentemente, devido aos aumentos na água, dialogámos e conseguimos fazer um acerto“, adiantou a ex-vereadora.
Há ainda necessidade de realizar obras na “casa de repouso” e transformá-la numa Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas. “Fizemos uma candidatura ao PRR mas não fomos bem sucedidos e agora estamos a tentar financiamento através de outras vias”, contou Maria Conceição Pereira.
Falta também aproveitar o espaço da antiga loja de bicicletas na rua Vitorino Fróis. “Estamos em diálogo com a Segurança Social de forma a decidirmos qual a melhor resposta social para ali instalarmos”, adiantou a responsável. O objetivo será instalar algum serviço que ainda não exista, como o Centro de Noite ou criar residências autónomas para serem utilizados pelos jovens que estejam institucionalizados e façam 18 anos. Esta seria uma forma destes jovens poderem ter uma transição entre a instituição e a sua vida independente, contando com apoio da Misericórdia.
Por outro lado, têm estado também a analisar todo o património imobiliário da Misericórdia e poderão vir a vender alguns terrenos e edifícios que não estão a ser utilizados, nomeadamente nas freguesias rurais. Essas vendas servirão para poder investir nas obras necessárias.
A provedora sublinhou que, depois dos anos difíceis da pandemia, em 2022 a Misericórdia voltou a ter um saldo positivo nas suas contas, sem recurso a venda de património.
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