O Inatel da Foz do Arelho recebeu no dia 26 a Jornada de Encerramento do Projeto de Internacionalização da Rede das Estações Náuticas de Portugal (ENP), que teve como principal objetivo fazer o balanço das atividades e perspetivar o futuro deste novo produto turístico nacional.
Presente no encerramento, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, sublinhou que este projeto alcançou uma grande relevância, com uma abrangência nacional e juntando mais de mil parceiros. “É assim mesmo que deve ser feito. É através do trabalho em rede que podemos ter projetos vencedores”, afirmou o governante.
“A partir do elemento chave que é a água, procura-se qualificar o território e torná-lo mais atrativo, promovendo a sustentabilidade”, referiu. Outra caraterística relevante nas ENP, segundo Nuno Fazenda, tem sido a sua aposta na comercialização e internacionalização, com a participação em feiras de turismo no estrangeiro, organização de visitas de jornalistas e outras atividades de divulgação.
Durante a manhã, os convidados participaram em várias atividades náuticas na Lagoa de Óbidos e durante a parte foram apresentados os resultados da internacionalização e foi debatido o futuro das Estações Náuticas, com a participação de vários parceiros privados e entidades de promoção turística.
Durante esta sessão, os intervenientes valorizaram muito o papel de António José Correia, ex-presidente da Câmara de Peniche, no papel que teve na criação deste produto turístico. O agora coordenador da Rede de ENP foi apelidado de visionário por ter conseguido levar a bom porto esta sua ideia.
As ENP são organizadas com base na valorização dos recursos náuticos presentes em cada território, os quais incluem a oferta de alojamento, restauração, atividades náuticas e outras atividades e serviços relevantes para a atração de visitantes.
Ao estarem certificadas, asseguram aos visitantes a qualidade do produto turístico e dos serviços prestados, bem como apoio informativo e a reserva de alojamento e serviços.
Atualmente existem 32 estações náuticas em Portugal, das quais oito são na região Centro (incluindo a do Oeste) e António José Correia considera essencial que estas trabalhem em rede. O responsável referiu ainda que a atual tendência no crescimento dessa rede tem sido no interior do país.
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, salientou que este produto turístico é muito atrativo e importante para o desenvolvimento das regiões em que se insere. As ENP são um chamariz para os locais que habitualmente recebem menos turistas, sobretudo estrangeiros, pelo género de atividades que desenvolvem.
A dirigente aproveitou ainda a ocasião para salientar a importância das comunidades intermunicipais no acesso aos fundos comunitários. “As comunidades intermunicipais têm cada vez mais responsabilidades, mais competências e mais verbas”, afirmou. Portanto, são os municípios que devem analisar as suas prioridades de investimento.
Vitor Marques, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, também considera que as ENP são muito importantes para o desenvolvimento do turismo e que devem ser consideradas nos investimentos que vão ser feitos ao nível dos fundos comunitários.
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