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Gestão sem estratégia

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O atual executivo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha já nos brindou com uma série de promessas não cumpridas. Entre muitas, cito a da não realização de eventos no Parque D. Carlos I. Este emblemático espaço vem sofrendo com os continuados maus tratos, porém, é algo que não preocupa os autarcas, pois tudo o que é relacionado ao Ambiente só possui real interesse se for possível agregar uma festarola.

Escaparate

O atual executivo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha já nos brindou com uma série de promessas não cumpridas. Entre muitas, cito a da não realização de eventos no Parque D. Carlos I. Este emblemático espaço vem sofrendo com os continuados maus tratos, porém, é algo que não preocupa os autarcas, pois tudo o que é relacionado ao Ambiente só possui real interesse se for possível agregar uma festarola. Caminho, pensam eles, que pode fazê-los granjear alguns votinhos nas próximas Autárquicas.

Enquanto o concelho avança para lado nenhum, devido à nulidade de estratégia (a todos os níveis), o povo vai sendo entretido. Há quem goste. A maioria da população, não.

A atual gestão camarária segue inaugurando obras que não são suas originariamente, mas age como se fossem. Como não há nenhum plano, relativo a prováveis ações estruturais, o melhor é fazer barulho com os tambores alheios. Pode dar certo até um determinado ponto, o problema é que restam apenas dois anos para terminar o mandato e se não há projetos e objetivos novos a alcançar, inevitavelmente crescerá o coro dos descontentes. Uma coisa é certa: as festanças estão a dar bastante lucro aos artistas que apoiaram a campanha autárquica do Vamos Mudar. Pelo menos, para esses, alguma coisa se alterou.

Observando do alto, conseguimos perceber que paira pelo concelho uma inacreditável modorra, com a Oposição, inclusive, a dormir profundamente. De vez em quando há uma ligeira deslocação de ar, com o PSD local a efetuar alguma agitação perante a população das freguesias rurais. Os outros partidos devem estar a aguardar que o nevoeiro se dissipe e algum D. Sebastião surja. Neste momento do atual mandato, deveríamos notar um enorme debate democrático, o que está distante de acontecer.

O que se vê claramente é que os compromissos assumidos pelo movimento vencedor, em campanha, estão esquecidos, e não há gestão estratégica porque a Câmara Municipal não é uma Junta de Freguesia, e as Uniões de Freguesia (Pópulo, Coto, São Gregório e Santo Onofre, Serra do Bouro) não são associações de bairro. No fundo é o mesmo que dizer que ninguém sabe o que está a fazer.

A despesa corrente, segundo consta, sofreu um aumento de mais de quatro milhões de euros, ou seja, existe um absurdo acréscimo de gastos com serviços, em detrimento da despesa de capital – que é aquela que permite o investimento na produção, bem como na efetivação de obras úteis e na compra de equipamentos que podem oferecer uma superior qualidade de vida aos cidadãos – resultando num excesso de gordura, que diminuirá consideravelmente a tão necessária folga orçamental, fundamental para a implementação de projetos futuros.

Este executivo camarário abandonou a concretização de propostas importantes (aprovadas em Assembleias de Freguesia e na própria Assembleia Municipal), tais como: a construção do Silo-Auto na avenida 1º de maio; a ampliação do Cemitério de Santo Onofre; o projeto de requalificação da zona marítima e lagunar da Foz do Arelho; a requalificação da praça 5 de outubro; a valorização energética e a reabilitação da Biblioteca Municipal; a criação do Arquivo Municipal; etc.

Há interesses privados muito evidentes, o que é prejudicial para a Democracia. Caldas da Rainha está a léguas de distância de um modelo exemplar de administração, o que me leva a crer que os próximos tempos só serão fáceis para quem for apadrinhado pelos autarcas do momento. Com toda a certeza, até chegarmos ao próximo sufrágio censitário (2025), aumentarão as festarolas e as bimbalhadas, com algumas (compradas) vozes, a anunciarem aqui o Jardim do Éden, quando, na realidade, será o Inferno de Dante (1265-1321).

“Chegados somos onde luz não brilha!”

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