Inês Ferreira-Norman, artista plástica ativista eco-feminista, natural de Caldas da Rainha, expõe na Casa Azul, em Torres Vedras, de 15 de junho a 5 de agosto, apresentando trabalho inédito, esculturas em cobre, livro de artista, instalação e performance. 

A exposição, com curadoria de Jorge Reis, intitula-se de “Deusas Solares Contemporâneas: Extrativismo em Torres Vedras” e aborda cultos solares e extrativismo.  

A inauguração será no dia 15, pelas 19h. A Casa Azul, da associação cultural Emerge, situa-se na Avenida Tenente Valadim, 17, 2.º piso, em Torres Vedras. Visitas de terça a sábado, das 14h às 19h.

A artista parte dos vestígios ritualísticos identificados na área geográfica de Torres Vedras, nomeadamente os que têm origem no Castro do Zambujal durante o período do Calcolítico (3300-1200 a.C.).

Nesta exposição, apresenta toda a sua pesquisa e experimentação, sustentada nos cultos ao sol e extrativismo, a partir da qual criou esculturas em cobre, material condutor de energia, um livro que parte de processos naturais de baixo impacto, uma instalação composta por terra extraída de vários locais do concelho de Torres Vedras e uma performance que resgata o lugar do rito ao sol.

As esculturas que Ferreira-Norman produziu são alusivas às deusas solares Sonnekekece, Sonnekemqueim, Sonnekemilif e Sonkemitotese, responsáveis pelos processos que o Sol gera: Sunnemeteoresa, ligação ao universo, Helenerguese, Heletriult e Heliweiss, ligadas à produtividade do sol.

Nascida em 1984, Inês Ferreira-Norman trabalha e reside entre a Costa de Prata e o Planalto das Cezaredas. É licenciada em Ilustração pela University for the Creative Arts, no Reino Unido, e é mestre em Livros de Artista e Artes Plásticas pela University of the Arts London, no Reino Unido.

Editora-chefe do Journal of Arts Writing by Students desde 2019, um jornal académico revisto por pares publicado pela Intellect Books, que publica escrita de arte por mestrandos e doutorandos, é artista convidada da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha e é diretora da Matéria Cíclica, uma organização artística.