Uma omelete com quinze metros de comprimento e confecionada com 10.300 ovos foi preparada para ser comida na 11ª edição do Festival da Codorniz, que decorreu na semana passada, entre quinta e domingo no Landal, nas Caldas da Rainha, onde se concentra cerca de 60% da produção nacional desta ave, a maior parte para exportação.

A iniciativa, organizada pela junta de freguesia do Landal, contou pela terceira vez com a preparação de uma omelete gigante e é perspetiva da autarquia candidatar-se no próximo ano ao livro de recordes Guinness, com uma omelete ainda maior. “Vimos sempre aumentando todos os anos”, frisou Armando Monteiro, presidente da junta.

O festival, na freguesia maior produtora desta ave no país e que adota a designação de “capital da codorniz”, teve a participação de várias instituições locais – Grupo Desportivo de Santa Suzana, Grupo Desportivo do Landal, Paróquia do Landal, para além do Restaurante Retiro dos Amigos e do grupo Bik’à Tapa, dos Rostos, que apresentaram pratos diversificados e petiscos à base de codorniz, como codorniz de cebolada, codorniz recheada, codorniz à lagareiro, codorniz com molho mostarda, codorniz frita, pizza de codorniz, codorniz panada, canja de codorniz, entre outras.

Ovos de codorniz foram usados na inauguração do festival numa bebida criada pela Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), batizada “Landal Eggnog”, que continha também leite aromatizado com casca de limão, pau de canela, estrela de anis, açúcar, aguardente DOC Lourinhã e noz moscada.

“No ano passado fizemos um cocktail com base na ginja e ovo de codorniz”, recordou Marisa Rosa, chefe da ETEO. A escola, representada ainda pelos alunos Beatriz Viegas (Curso Técnico de Restaurante/Bar) e Francisca Magalhães e Henrique Lourenço (Curso Técnico de Cozinha/Pastelaria), também apresentou alguns aperitivos, como a espetada agridoce de codorniz e tomate cherry, escabeche de codorniz com ovo estrelado e crocante de cherovia, bem como pão de ló do Landal com uma redução de Ginja D’Óbidos.

Mais de 90 mil codornizes são abatidas mensalmente no Landal, que exporta para os Estados Unidos e Canadá. Susana Bento, da Aves Suzana, apontou que “os estrangeiros estão a aderir bastante”, como é o caso do Canadá e Estados Unidos da América. Armando Monteiro sublinhou o “fator económico” importante na freguesia, a par da exploração de madeiras, da pera e do pão de ló.                                

O pão de ló fino de Santa Suzana e o pão de ló do Quarteto Doce, do Landal, também puderam ser degustados, a par dos ovos desta ave.

No âmbito do festival houve um programa de animação musical, com Bico D’Obra, Chaparral Band, Banda Magestic, Sérgio Rossi, 4ºF Band e Dj Gabi, para além de um festival de acordeão.

Bancas de artesanato e de produtos locais completaram o cenário.

Armando Monteiro sublinhou que este “é o maior evento gastronómico anual da freguesia do Landal e o segundo maior do concelho, atraindo alguns milhares de visitantes”.

Vitor Marques, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, anunciou que está em preparação a realização de uma quinzena dedicada à codorniz, envolvendo restaurantes do concelho, à semelhança do que foi feito com os produtos da Lagoa de Óbidos.