“Óbidos é um exemplo para todo o país, porque consegue resistir à pressão urbanística e, principalmente, à pressão do mau gosto e do abuso cultural por parte de algumas pessoas que representam o Estado”, afirmou Duarte Pio de Bragança durante uma visita à vila, a 27 de maio.
Na sua opinião, não deveria ser possível desfigurar determinadas áreas históricas “por critérios que inventaram e que acham que lhes dão direito de destruir a nossa memória”. Salientou que acaba por existir um prejuízo também ao nível turístico porque “basta reparar que não há ninguém que tire fotografias a construções modernaças”.
O Duque de Bragança esteve em Óbidos para participar nas cerimónias de celebração do 34º aniversário da Real Associação de Lisboa (RAL), que contou com a presença de 90 pessoas.
Segundo João Távora, presidente da RAL, é habitual no seu aniversário a associação organizar um passeio e desta vez aceitaram a proposta do Núcleo do Oeste, criado há dois anos, para se deslocarem a Óbidos. “É uma forma de contatarmos com realidades suficientes e também fazer com que os nossos associados possam estar com a família real portuguesa”, disse o dirigente.
A comitiva pôde visitar o Santuário do Senhor Jesus da Pedra e a igreja de São Pedro, tendo sido recebida pelo presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel, entre outros autarcas, nos Paços do Concelho.
Filipe Daniel agradeceu a presença de todos e “em especial Dom Duarte de Bragança”, a quem pediu para assinar o livro de honra, no Salão Nobre. O autarca referiu que a muralha da vila medieval “é uma fortaleza daqueles que continuam a sonhar e a dinamizar o território”.
A celebração terminou num almoço na Associação Cultural e Recreativa Pinhalense, que contou também com a presença dos autarcas locais.
O programa contou com o apoio do núcleo do Oeste e da Real Associação do Ribatejo, uma vez que Óbidos está incluído no território desta última.
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