A Junta de Freguesia de A-dos-Francos realiza uma cerimónia de homenagem ao ciclista João Almeida, no dia 8 de junho, pelas 14h.
Nesse dia realiza-se naquela vila o 1º Prémio João Almeida, a partir das 9h30, para escolas e cadetes femininos, às 12h para cadetes masculinos e juniores femininos e às 15h para juniores masculinos.
A organização é da Associação Escola de Ciclismo do Oeste e da Junta de Freguesia de A-dos-Francos.
Na semana passada João Almeida esteve na apresentação da 30ª Volta a Portugal do Futuro e 3º Grande Prémio CMTV, que arrancou nas Caldas da Rainha, tendo afirmado ao JORNAL DAS CALDAS que era “um orgulho” ter um prémio com o seu nome, depois de também já ter um monumento em sua honra em A-dos-Francos.
O ciclista, que terminou o Giro d’Italia 2023 em terceiro lugar e é o único português a acabar esta grande volta no pódio, onde subiu duas vezes para também levar o prémio da liderança da juventude (camisola branca), revelou que “houve momentos” em que acreditou que podia ganhar o Giro, “principalmente no dia em que ganhei a etapa”, mas confessou que “depois vi que os adversários também estavam muito fortes”.
“Nunca desisti, até ao último centímetro dei tudo o que tinha, mas foi justo”, comentou.
Sobre os adversários que ficaram à sua frente, Primoz Roglic e de Geraint Thomas, referiu que “são muito experientes, corredores com muita classe e um grande palmarés.
São senhores do ciclismo, não só pelos resultados mas também pelas pessoas que são, e estar ao lado deles no pódio é uma honra”.
Questionado sobre quem são agora os seus ídolos, João Almeida indicou os nomes de Tadej Pogacar, Remco Evenepoel e Primoz Roglic, e instado a comentar se também ele não se sente um ídolo, como lhe chama o seu conterrâneo e ciclista também em ascensão, António Morgado, o corredor de A-dos-Francos disse que “sinto-me bem e bastante feliz, mas ser ídolo, enfim, gosto de inspirar os mais novos a lutarem e cumprirem os seus sonhos, gosto dessa parte”.
“O António Morgado diz que sou o ídolo dele e eu já lhe disse que tem de continuar com os sonhos dele, porque tem muito talento, sempre foi bastante bom e o mais importante é continuar a esforçar-se.
Às vezes vamos treinar juntos quando estou por Caldas da Rainha e temos uma boa relação. Pode vir a ser meu colega de equipa ou meu concorrente, no que poder eu ajudo”, referiu.
João Almeida já não consegue fugir à fama, mas também não se deixa intimidar por plateias, fãs e jornalistas. “É muito mais difícil subir as montanhas”, gracejou.
Ser comparado com Joaquim Agostinho dá-lhe “uma motivação para fazer mais”. “Joaquim Agostinho sempre foi o nome do ciclismo português e ter o meu nome perto dele é muito especial, mas ele fez mais do que eu já fiz”, sublinhou.
Mostrou-se agradado por ter tido a presença de muitas bandeiras nacionais ao longo do Giro, frisando que “é muito gratificante ter esse apoio dos portugueses, com bandeiras à borda da estrada, faz a diferença.”
“Escreverem nas estradas “Bota Lume” ou “João Almeida”, nem sempre consigo ler, mas depois vejo as fotos da etapa e é excelente”, declarou.
Sobre a sua preparação para próximas competições, apontou que “não vai haver inovação. É treinar e descansar, comer e dormir”. “Há o mundial de ciclismo em agosto.
Se tudo correr como normal vou estar presente na Vuelta e discutir a corrida com os melhores. Para o ano, penso fazer a Volta a França. Ainda estou a planear melhor o calendário”, relatou.
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