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Professora do ano dedica-se à educação especial no Bombarral

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Ana Moniz, professora de Educação Especial no Agrupamento de Escolas Fernão Pó, no Bombarral, ganhou o Global Teacher Prize Portugal, uma espécie de “Nobel” da Educação, vulgarmente conhecido por distinguir o considerado “melhor professor do ano” e que premeia as boas práticas de ensino dos docentes.
A docente, com o prémio de trinta mil euros

Ana Moniz, professora de Educação Especial no Agrupamento de Escolas Fernão Pó, no Bombarral, ganhou o Global Teacher Prize Portugal, uma espécie de “Nobel” da Educação, vulgarmente conhecido por distinguir o considerado “melhor professor do ano” e que premeia as boas práticas de ensino dos docentes.

A iniciativa, promovida pela Mentes Empreendedoras e Fundação Santander, teve dez finalistas e a docente, de 58 anos, venceu o prémio de trinta mil euros, entregue anualmente a um professor selecionado como reconhecimento pelo seu trabalho excecional com os alunos e contributo extraordinário para a sua profissão.

Coordenadora da equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, conta que “há algumas décadas que desenvolvo esta atividade e o meu objetivo é criar ambientes diversificados, apoiados em pedagogias diferenciadas de forma a dar resposta à diversidade de alunos com que nos deparamos em sala de aula, atendendo aos seus skills, dificuldades e deficiências”.

Pretende que os seus alunos “se tornem cidadãos em pleno direito, autónomos, responsáveis e integrados, não só na parte escolar mas também na sociedade, pelo que a minha atividade extravasa as portas da escola”.

A docente, que teve a sua formação superior no Magistério Primário de Caldas da Rainha, na Universidade Lusófona e no Instituto Piaget, deu aulas no Agrupamento de Escolas do Cadaval e trabalha agora com 126 alunos, desde o pré-escolar ao 12º ano, numa intervenção mais direta com alunos com perturbação do espetro do autismo que frequentam o Centro de Apoio à Aprendizagem.

Contribuiu para a criação de espaços de aprendizagem ativos e diferenciadores, para a criação de uma sala Snoezelen e para a dinamização de técnicas multissensoriais. É autora do projeto “Ler Lazer e Aprender”, e desenvolve o projeto “Aprender a ser Fazendo” com a quinta pedagógica Bambilocas, que tem como objetivo o desenvolvimento da autonomia na realização de atividades da vida diária através do contacto com a natureza.

Com todas estas iniciativas, a professora procura “responder às necessidades cognitivas, sociais, de linguagem, e de interação numa simbiose de preparação para a vida ativa dos alunos”.

Uma das ferramentas utilizadas são as sinergias com as estruturas diretivas, com a escola e com a comunidade na organização de espaços e recursos adaptados, assim como com os docentes e os técnicos. Com a sua prática diária, contribui “para que os alunos sejam mais interventivos e empreendedores, que aprendam em instalações físicas apropriadas e sensíveis às deficiências e à igualdade de género, com ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes para todos”, pode ler-se na sua apresentação da sua candidatura.

No concurso, que teve em 2019 como vencedor o professor de história Rui Correia, da Escola Básica de Santo Onofre, nas Caldas da Rainha, podem participar docentes do pré-escolar ao 12º ano, do ensino público, privado, cooperativo ou especial.

O júri avalia as candidaturas com base em vários critérios, como os resultados de progresso de aprendizagem das crianças e alunos documentados de forma explícita, para apurar as estratégias de melhoria de qualidade da educação para todas as crianças, independentemente do seu contexto socio familiar, as práticas pedagógicas e metodologias eficazes, ou o reconhecimento do trabalho do docente através de testemunhos de alunos, professores, famílias, distinções locais, referências na imprensa local ou outras formas.

Na fase final, o vencedor é determinado por um júri, que este ano foi composto por Afonso Mendonça (Mentes Empreendedoras), Pedro Carneiro (professor de economia na University College London), Sofia Barciela (jornalista na área da educação), Francisca Magano (menção honrosa da Unicef Portugal) e Constança Vilela (estudante de jornalismo no ensino superior).

Antes da votação a Câmara Municipal do Bombarral endereçou à professora Ana Moniz uma palavra de “gratidão e estímulo para que possa continuar a proporcionar aos alunos com necessidades específicas as oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento”, tendo-lhe inclusive prestado uma homenagem no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

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