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Suspeito de crime macabro no Cadaval fica em prisão preventiva

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O homem suspeito de matar outro, num crime macabro em que separou partes do corpo da vítima e colocou-as em sacos de plástico que deixou em espaços rurais do concelho do Cadaval, ficou em prisão preventiva, a aguardar o desenvolvimento do processo judicial, estando indiciado do homicídio e da profanação e ocultação do cadáver.
O suspeito do homicídio e a vítima

O homem suspeito de matar outro, num crime macabro em que separou partes do corpo da vítima e colocou-as em sacos de plástico que deixou em espaços rurais do concelho do Cadaval, ficou em prisão preventiva, a aguardar o desenvolvimento do processo judicial, estando indiciado do homicídio e da profanação e ocultação do cadáver.

O caso continua sob investigação da Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, que após a descoberta de um saco onde estava o tronco da vítima, na noite de 2 de maio, desenvolveu diligências que permitiram já desvendar grande parte da história deste crime horrendo.

Foi um caçador de javalis quem se deparou com os restos mortais, atraído pelo cheiro nauseabundo do corpo em avançado estado de decomposição, numa zona de mato em Pero Moniz.

Na altura desconhecia-se a identidade da vítima e o sexo, pese embora no dia seguinte tenha sido adiantado tratar-se de uma mulher. A informação estava errada mas o mistério prosseguia no dia após o achado, quando um novo saco plástico encontrado, a poucas dezenas de metros de distância, desta vez por jornalistas, continha mais partes do corpo, faltando a cabeça e as coxas.

O local, que não tinha sido preservado, escondia, afinal, mais vestígios do crime, tendo sido mobilizadas algumas dezenas de elementos policiais, inclusive com cães pisteiros.

A Polícia Judiciária revelou que “após a realização das diligências efetuadas, que contaram com relevante colaboração dos serviços da Guarda Nacional Republicana, foi possível a identificação do cadáver da vítima, bem como a identificação do indivíduo suspeito da autoria dos crimes”. A vítima veio a ser “identificada pelas impressões digitais, através de perícia efetuada por peritos do Laboratório de Polícia Científica”. Trata-se de Valdene Mendes, de origem brasileira, mas tendo também nacionalidade portuguesa, segundo a Polícia Judiciária. Tinha 47 anos e trabalhava no talho de um hipermercado no Cadaval.

O suposto homicida, Luís Lopes, de 52 anos, foi rapidamente detido, descrevendo a Polícia Judiciária que o crime “ocorreu num contexto de conflito numa relação entre vítima e suspeito que veio a terminar na madrugada de dia 28 de abril com a prática do crime de homicídio na residência que ambos partilhavam”, em Adão Lobo, no concelho de Cadaval. A vítima, que tinha duas filhas menores e que já chegou a residir nas Caldas da Rainha e no Bombarral, ocupava há pouco tempo um quarto na casa do suspeito, que costumava ajudar imigrantes e que foi coveiro.

“As diligências realizadas até ao momento permitem excluir qualquer contexto de criminalidade organizada como génese para os crimes verificados”, indicou a Polícia Judiciária, afastando assim a relação com cartéis de droga, como foi noticiada.

Em relação à cabeça da vítima, no dia 4 de maio foi relatado que tinha sido encontrado um crânio humano no concelho de Azambuja, mas as autoridades policiais asseguraram não haver “nenhuma ligação”, tendo entretanto sido localizado o restante corpo, “cuja morte não terá subjacente qualquer intervenção de terceiros, indiciando-se compatibilidade com um quadro de suicídio”.

Esta segunda situação dirá respeito a Mykhailo Krainykovskyi, de 36 anos, cidadão ucraniano residente em Aveiras de Cima e que foi dado como desaparecido a 5 de março. Terá sido um cão que detetou a cabeça e que a transportou, largando-a numa zona de mato, próxima da Rua da Texuga, na freguesia de Azambuja, o que fez desencadear o alerta de um popular. O que terá feito a cabeça ficar separada do corpo é uma incógnita, mas poderá ter havido uma ação de animais, como javalis ou outros, não sendo o caso tratado como crime.

Em relação à cabeça da vítima no caso ocorrido no Cadaval seria encontrada neste sábado, 6 de maio, a par das coxas, nas ruínas de uma habitação próxima da casa do suspeito. Ao todo, foram descobertos cinco sacos com os restos mortais e luvas utilizadas pelo suspeito.

Presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Alenquer, recebeu como medida de coação a prisão preventiva.

O crime chocou a população, que via a vítima como uma pessoa “amável” e “alegre”.

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