A Santa Casa da Misericórdia do Bombarral e o Centro Distrital de Leiria da Segurança Social assinaram no passado dia 26 um protocolo de colaboração no âmbito do programa de transição de altas hospitalares, que tem por objetivo dar resposta aos utentes com alta clínica que não têm condições para regressar ao seu domicílio.
O documento foi assinado nas instalações da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) da Misericórdia, na aldeia da Columbeira, pelo provedor, Luís Camilo Duarte, e pelo diretor do Centro Distrital de Leiria da Segurança Social, João Paulo Pedrosa.
A sessão contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal, Ricardo Fernandes, da vereadora da autarquia com o pelouro da Ação Social, Fátima Coelho, da presidente da Junta de Freguesia da Roliça, Michelle Bispo, para além de vários elementos dos corpos sociais da instituição.
Começando por agradecer a disponibilidade da Santa Casa para aderir a este programa, João Paulo que após receberem alta-clínica não têm apoio na retaguarda para regressar à sua própria casa ou dos seus familiares.
“Essas pessoas acabam por ficar nos hospitais à espera que a Segurança Social lhes arranje uma vaga para poderem ser instalados numa ERPI, algo que tem sido muito difícil de solucionar”, acrescentou.
Face a esta situação, “o Governo decidiu fazer um acordo com a União das Misericórdias, definindo um pagamento de 1400 euros para que as instituições que tenham disponibilidade possam acolher estes utentes”, explicou.
Segundo referiu ainda João Paulo Pedrosa, até ao momento “o distrito de Leiria é o que regista, a nível nacional, o maior número de vagas disponibilizadas, 97 no total, incluindo as 20 que resultam do acordo celebrado com a Santa Casa da Misericórdia do Bombarral”.
Luís Camilo Duarte salientou que “para a nossa instituição este acordo é importante face à finalidade a que nos propusemos com a aquisição desta estrutura e, do ponto de vista financeiro, é fundamental para a sua sustentabilidade”.
Adiantou que, à semelhança de outras instituições, “estamos a passar uma fase difícil do ponto de vista financeiro e apesar de ter sido feita uma atualização dos apoios, estes não cobrem o amento dos custos de funcionamento”.
Sobre a ERPI, sublinhou as condições que a mesma oferece em termos de recursos humanos e de instalações, as quais a instituição pretende alargar para aumentar o número de camas disponíveis (atualmente são 31), algo que considera “fundamental para que a estrutura seja mais sustentável”.
O presidente da Câmara Municipal espera que se consiga “libertar camas dos hospitais, onde muitas vezes os idosos são abandonados pelos seus familiares”. Pedrosa destacou a importância do mesmo, tendo em conta a necessidade de dar resposta aos utentes.
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