Cerca de 95% dos funcionários judiciais do Tribunal de Caldas da Rainha aderiram à greve na passada quinta-feira, obrigando a adiar mais de vinte diligências e a encerrar os serviços, disse à agência Lusa a delegada do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ).
“Só temos duas pessoas a trabalhar no Ministério Público. Somos 41 e 39 estão em greve”, afirmou Manuela Silva, indicando que a adesão à greve levou ao encerramento dos juízos de Família, Trabalho, Criminal e Cível.
Para a sindicalista que é funcionária da secção central, “esta é sem dúvida a greve mais expressiva, com mais impacto” dos últimos seis anos neste tribunal.
O SFJ alega “falta do cumprimento dos compromissos assumidos e das deliberações da Assembleia da República”, exigindo de imediato “a abertura de procedimento para acesso a todas as categorias cujos lugares se encontrem vagos” e também “a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual, com efeitos a 1 de janeiro de 2021, ou seja, o pagamento do valor mensal nas 14 prestações anuais”.
Quer igualmente ver concretizado, no âmbito da negociação coletiva, “o preenchimento integral dos lugares vagos da carreira de oficial de justiça, mediante procedimento plurianual, a inclusão dos funcionários num regime especial de aposentação e de acesso ao regime de pré-aposentação, a revisão do estatuto profissional que valorize e dignifique a carreira e não afaste nenhum dos trabalhadores que atualmente preste serviço como oficial de justiça, e a revisão da tabela salarial”.
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