Tem início no 14 de abril, no Festival Termómetro (Porto), a digressão do novo disco da banda caldense Cave Story. O seu terceiro álbum é composto por 11 temas e foi lançado a 31 de março.
“Wide Wall, Tree Tall” foi gravado no estúdio de Gonçalo Formiga, no bairro da Senhora da Luz, em Óbidos, e é o resultado de um período, mais longo do que o habitual, de composição e de gravação, uma vez que estiveram mais tempo sem tocar ao vivo.
Antes do lançamento, foi dado a conhecer o tema “Sing Something For Us Now” e, no dia 31, divulgaram o single “Ice Sandwich”. Ambas as músicas com videoclips realizados por Zé Maldito.
De acordo com a nota de imprensa do lançamento, “são muitos os cenários sonoros explorados por Gonçalo Formiga, José Sousa, Bia Diniz e Ricardo Mendes que, em 30 minutos, reafirmam assim o seu amplo espetro de referências”.
Depois de “West” (2016), “Punk Academics” (2018) e dos EPs “Spider Tracks” (2015) e “The Town” (2021), o novo “Wide Wall, Tree Tall” surge como “um tratado de afirmação da identidade estética e geográfica dos Cave Story, assim como uma celebração dos modos de fazer, da paixão e curiosidade da banda”.
O disco alberga “baladas introspetivas, sintetizadores quentes e peganhentos, batidas mais ou menos assertivas e guitarras que nos levam em viagens instrumentais constantes”.
As letras são “o fio condutor que celebra todo o manancial elegantemente artístico de uma banda que, ao terceiro disco, tem ainda tudo para crescer”, acrescenta ainda a nota de imprensa.
Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, José Sousa (guitarra e teclados) e Ricardo Mendes (bateria) referiram como a sonoridade deste disco é mais “apurada” do que nas atuações ao vivo, onde existe uma energia diferente.
A banda é assumidamente “punk” na forma como produz, na senda do “Do It Yourself” (faça você mesmo), ao gravar as músicas num estúdio caseiro, mas nota-se a diferença em relação ao que tinha feito até agora.
“Houve muita experimentação durante este período”, referiu Ricardo Mendes.
“Quando tocamos a estética é mais parecida com o que fazíamos antes, mas a versão de estúdio é mais trabalhada”, adiantou José Sousa.
As músicas são compostas pela banda, embora alguns dos temas sejam assumidamente da autoria de Gonçalo Formiga, que escreve as letras. Os temas referem muito a vida de músico e as dificuldades que existem em poder viver da música em Portugal.
A música é uma grande paixão, mas ao mesmo tempo traz-lhes dificuldades ao nível profissional. Todos os elementos da banda têm atividades paralelas, mas sempre na área artística.
Para a banda, é importante gravarem discos por ser a melhor forma de desenvolverem o seu trabalho enquanto músicos. “O processo de composição e gravação tem um papel muito importante na nossa música”, adiantou José Sousa. Depois, ao vivo, as músicas acabam por ganhar outra forma.
Para além da participação no Festival Termómetro, a banda vai estar a 15 de abril no Westway Lab (Guimarães), no GrETUA (Aveiro) e a 18 de maio no B.leza Clube (Lisboa).
O disco está disponível em várias plataformas digitais, o que lhes permite alcançar um público muito mais vasto.
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