Mais de tonelada e meia de cocaína foi apreendida neste sábado em Óbidos e em Peniche, numa zona de mato e numa praia, respetivamente, pela GNR e Polícia Marítima (PM), estando a Polícia Judiciária (PJ) a investigar os casos, que estarão relacionados.
Pela manhã, na sequência de uma comunicação de um popular que reparou numa lancha encalhada junto à Praia do Quebrado, em Peniche, a PM constatou tratar-se de uma embarcação de alta velocidade contendo no interior vários fardos de droga, oriundos da América do Sul, que foram recolhidos para o areal na presença da PJ. A quantidade exata ainda não foi revelada, mas ultrapassará os 300 quilos.
A lancha foi rebocada pela embarcação salva-vidas Vigilante do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) para o porto de Peniche, ficando recolhida no interior da estação do ISN.
Por sua vez, a GNR revelou que através do posto de Óbidos apreendeu 36 fardos de cocaína, com um peso total de 1.229 quilos, no concelho de Óbidos.
Na sequência de uma denúncia, os militares desenvolveram diligências que permitiram localizar a zona, no meio do mato, na freguesia de Olho Marinho, onde se encontrava a droga, entregue à PJ, que prossegue a investigação. O valor total ascenderá a mais de 50 milhões de euros.
Entretanto, no domingo, foi adicionado mais um dado para averiguação de eventual ligação com a tripulação que seguia na lancha. O cadáver de um homem foi encontrado por um popular a flutuar junto à ilha do Baleal, em Peniche, tendo sido resgatado para terra pelo ISN, através de uma mota de salvamento marítimo.
A PM de Peniche tomou conta da ocorrência, cujo alerta foi dado às 08h10, tendo sido contactado o Ministério Público e o delegado de saúde, que confirmou o óbito, ocorrido em circunstâncias que se desconhecem.
O corpo foi levado pelos bombeiros de Peniche para o Instituto de Medicina Legal de Torres Vedras para ser autopsiado. Será de um homem com cerca de 50 anos, que tinha um fato de mergulho e que não estava há muito tempo no mar. Pode ter sido atingido pela hélice de uma embarcação onde eventualmente seguiria, nomeadamente a da “lancha voadora” que encalhou na Praia do Quebrado.
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